Nosso Senhor Jesus Cristo nos ensinou em todo seu ministério a respeito do cuidado que devemos ter com os pobres. Cuidar dos menos favorecidos, dos marginalizados, órgãos e viúvas é um dever dos cristãos. Incentivar políticas públicas que de fato amparem aqueles que verdadeiramente precisam de ajuda deve ser uma prática constante de todos nós.
Desde o Antigo Testamento, vemos os profetas denunciarem o descaso dos governantes para com aqueles que eram pobres por possuírem limitações para conquistarem seu próprio sustento. Alguns líderes desprezavam os necessitados e impunham sobre os menos favorecidos exigências injustas, como encargos e altos impostos. Não é muito diferente do que vivemos hoje.
A desigualdade social nos países emergentes e a extrema pobreza em certas regiões do mundo são quase sempre ignoradas pelos mais ricos. Obviamente, as Escrituras não defendem um sistema político específico para assim associarmos a este ou àquele partido ou orientação política, mas claramente nos ordena quanto a cuidarmos daqueles que de fato necessitam.
A Bíblia não ordena nem defende o paternalismo político nem o populismo; pelo contrário. Contudo, tampouco elogia o individualismo. Devemos defender o indivíduo e a coletividade ao mesmo tempo. Por isso, o escritor dos Provérbios nos ensina que “quem zomba do pobre insulta seu Criador; quem se alegra com a desgraça alheia será castigado” (Pv 17.5).
O cristão deve cuidar dos carentes e procurar meios para ampará-los. Além disso, jamais devemos comemorar a desgraça alheia, de quem quer que seja. Devemos ser justos com misericórdia, verdadeiros com amor. O equilíbrio das perfeições divinas deve nos ensinar também a expressar os mesmos atributos de maneira equilibrada. O amor não se alegra com a falsidade e a injustiça.
Dedicar tempo e recursos aos mais carentes não significa alinhamento com perspectivas políticas antagônicas ao cristianismo; ao contrário, significa obediência ao mandato de Cristo de cuidarmos dos que sofrem e choram. Trata-se de amor e não de política. Este é o amor prático das Escrituras Sagradas: amar o próximo como a nós mesmos.
Soli Deo Gloria!