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Não desista da caminhada! (Hebreus 6.9-12)

Publicado em 02/08/2023 às 19:07.

O escritor aos hebreus sabia que, dentre tantos que eram negligentes e tardios, preguiçosos e indolentes; de outros que estavam apenas usufruindo temporariamente as bênçãos do evangelho, s endo oportunistas e utilitaristas, mas que trairiam o Senhor Jesus novamente, voltando à prática do judaísmo, havia, por outro lado, aqueles que eram cristãos genuínos, sérios, crentes de verdade, comprometidos com a nova fé, com a nova religião que abraçaram e que prometeram promover. Os corações desses eram diferentes: foram transplantados pelo Espírito Santo. Não eram mais corações de pedra, mas de carne viva e pulsante pela graça de Jesus Cristo. Esses estavam dispostos a morrer por Jesus Cristo, caso necessário, em meio à perseguição. Estavam dispostos a dirimir as suas dúvidas doutrinárias, a fim de se manterem no caminho da pregação apostólica. Eram ávidos por aprender mais sobre Jesus Cristo. Eram irmãos comprometidos com as verdades profundas e transformadoras do evangelho. Eles levavam a sério, muito a sério, as c
oisas de Deus, e buscavam exercitar, com profundidade, o amor e o serviço cristão.

Então, depois de ter advertido tão fortemente aos irmãos e apontado quais eram as características dos apóstatas e dos falsos crentes, daqueles que faziam coisas parecidas com os cristãos verdadeiros, mas que não eram cristãos de fato, ele agora aponta características dos verdadeiros cristãos, daqueles irmãos que faziam parte daquela comunidade cristã cujos corações foram transformados e que, por essa razão, pensavam e agiam de modo diferente. A mensagem dele é que, se não quisermos ser como aqueles que desistiram e abandonaram Jesus Cristo, devemos prosseguir nossa caminhada cristã, com diligência. Devemos investir tempo e coração para amarmos ao Senhor Jesus Cristo e a fazermos o que ele deseja que façamos.

O texto do versículo 9 afirma “quanto a vós outros, todavia...”, o que indica que alguns dos irmãos daquela comunidade são verdadeiramente convertidos e não se enquadram naquelas advertências anteriores que vimos nas duas últimas mensagens. Ele afirma que sabe muito bem e não se esqueceu do fato de que esses irmãos possuem “coisas melhores e pertencentes à salvação”. Havia um grupo, portanto, deles, que não eram preguiçosos nem indolentes, mas corriam para aquilo que era verdadeiramente importante e isso lhes traria graciosos benefícios espirituais. E quais são as razões do nosso escritor para pensar que, de fato, eles eram diferentes?

Ele afirma que esses irmãos trabalhavam muito em favor dos santos. Ele diz que Deus não é injusto para perceber e valorar a obra desses irmãos. De fato, sabemos, pelas Escrituras, que Deus sempre recompensa aqueles que lhe são obedientes e que trabalham para o seu povo: “De fato os justos têm a sua recompensa; com certeza há um Deus que faz justiça na terra.” (Sl 58.11); “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo.” (Cl 3.23,24). E muitos outros textos. Deus não é injusto e recompensará os que o amam de todo o coração e trabalham em benefício do seu Reino.

Aqueles irmãos praticavam o amor. E o que é o amor? O apóstolo João nos diz – 1 João 3.14 – que o amor é a prova excelente de que estamos vivos em Cristo e que trabalhamos motivamos por outro razão além de nós mesmos. O amor nunca é a busca de um bem-estar pessoal, individual. O amor nunca é a sensação individual, sentimentos emocionais produzidos individualmente. O amor é prática coletiva, é interação com outras pessoas, com outros seres humanos, é relacionamento profundo, é altruísmo dedicado. João não diz que “se amarmos, conquistaremos a vida eterna”, mas “temos a vida, por isso amamos”. 

O amor é a prova, não a base, da vida. Por isso o escritor aos Hebreus diz que Deus não é injusto para perceber a prova de amor demonstrada por aqueles irmãos (“o amor que evidenciastes” – v.10) para com o nome do próprio Deus. Se estamos vivos por causa de Deus e para ele, expressamos o amor dele a ele mesmo e às pessoas, porque ele nos amou primeiro (1Jo 4.19) a fim de que o amássemos e amássemos aos outros.

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