Wendell Lessawendell_lessa@yahoo.com.br

Ensinando a aliança

Publicado em 13/03/2024 às 19:00.

Diante do desafio que temos de enquadrar as crianças no “melhor” caminho para serem bons cidadãos, para conviverem com as diferenças, para tolerarem as controvérsias, neste mundo da teoria do politicamente correto, muitas propostas têm surgido a partir das novas técnicas de psicologia, da pedagogia e até de leis do sistema educacional. Uma coisa boa há em comum conosco: reconheceu-se, tardiamente, que faltam valores sobre os quais as crianças devem andar. Sociólogos, psicólogos, líderes educacionais estão cada vez mais preocupados com os rumos comportamentais de nossas crianças e adolescentes. Eles têm destacado as inversões de valores. Crianças que saem de casa sem se darem satisfação para seus pais, que portam celulares e falam com qualquer pessoa, que acessam a Internet sem nenhuma censura. Adolescentes que bebem e fumam cada vez mais cedo, e que têm se envolvido com o crime em larga escala. Identificar a falta de valores é muito importante e um grande avanço. Mas que valores? Quem os determina? É neste ponto que os cristãos são radicalmente contrários às teorias modernas. E a razão é simples: tais teorias estão em total desarmonia com os princípios bíblicos. As soluções que eles propõem são humanistas demais para serem bíblicas.

Entretanto, sendo responsáveis, enquanto herdeiros da aliança, por repassar para nossas crianças os verdadeiros valores que devem fundamentar nossa prática, somos chamados por Deus, como pais, mães e educadores em geral a exercermos forte influência sobre suas vidas. Não há dúvidas de que precisamos, rapidamente, retornar aos princípios bíblicos. Como podemos fazer isso? O que devemos considerar primeiramente?

Os filhos são bênçãos do Senhor
Devemos começar pelo entendimento de que os filhos são bênçãos. O salmo 127.3-5 é um texto importantíssimo para essa compreensão. Nele, lemos: “Herança do SENHOR são os filhos; o fruto do ventre seu galardão. Como flechas na mão do guerreiro, assim os filhos da mocidade. Feliz o homem que enche deles a sua aljava; não será envergonhado, quando pleitear com os inimigos à porta”.

Não há dúvidas de que o salmista está expressando a alegria de poder ter filhos. Eles são nossa própria herança, aquilo que temos de mais importante. Eles valem mais do que ouro. São nossa alegria; nosso galardão. São um presente magnífico e insubstituível de Deus. São como flechas, porque eles se tornam nossa principal proteção diante do ataque dos inimigos. São nossa principal arma. Eles são capazes de nos guardar e de cuidar de nós em nossa velhice. Não passaremos vergonha sem ter quem nos defenda, porque nossos filhos estarão ali quando precisarmos deles. Sim, os filhos são bênçãos grandiosas do Senhor para nós.

Mesmo no mundo caído, onde reina o pecado, a geração de filhos não é amaldiçoada e continua sendo uma bênção. Esta bênção é universal, porque é resultado da graça universal de Deus para com todos os homens. Lemos, por exemplo, no Gênesis que Deus puniu Eva pelo seu pecado, dando-lhe dores no parto, mas isso não implicou problemas na geração (Gn 3.16). Deus não a tornou estéril, por exemplo. Ao contrário, a primeira ordem, de multiplicação, permaneceu (Gn 1.28). Tanto que, em Gênesis 4.1, vemos que Adão e Eva se deleitaram na bênção da procriação: “Coabitou o homem com Eva, sua mulher. Esta concebeu e deu luz a Caim; então, disse: Adquiri um varão com o auxílio do SENHOR”. E assim, também, em Gênesis 4.25.

Mesmo entre os incrédulos, Deus manifesta sua graça e lhes dá a bênção da geração de filhos. Em Gênesis 17.20, por exemplo, lemos que Deus abençoou Ismael dando-lhe filhos: “Quanto a Ismael, eu te ouvi: abençoá-lo-ei, fá-lo-ei fecundo e o multiplicarei extraordinariamente; gerará doze príncipes, e dele farei uma grande nação”.

Os filhos são sempre bênçãos do Senhor. Independentemente de estarem ou não numa família cristã, os filhos devem ser recebidos como bênçãos. Constitui-se pecado, portanto, não louvarmos a Deus pelos nossos filhos. Apresentar seus filhos a Deus era uma prática comum na vida de Jó, grande servo do Senhor, que, pela manhã, bem cedo, sacrificava ao Senhor por eles (Jó 1.5).

Pais e educadores em geral devem receber as crianças com alegria, porque elas são bênçãos de Deus para nós. O futuro de nossa geração depende da educação que oferecemos a elas. Os valores que repassamos certamente servirão de base para que elas sejam mais próximas de Deus.

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