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Wendell Lessawendell_lessa@yahoo.com.br

Deus cura nossa maior doença: o pecado

Publicado em 07/02/2024 às 19:00.

Equivocadamente nós pensamos que os problemas diários, como crises familiares ou financeiras, perseguições religiosas e ameaças de morte, ou nossas doenças físicas são as dificuldades mais aterrorizantes que enfrentamos. Ao recebermos um diagnóstico ainda não esclarecido ou imaginarmos estar sofrendo de enfermidade grave, nossa ansiedade dispara. Ao vermos as contas vencidas e nosso saldo bancário, nós nos atribulamos. Ao sermos perseguidos em nosso trabalho ou no ambiente escolar em razão de nossas posições cristãs, desanimamos. Concluímos, em alguns casos, precipitadamente, como Asafe, que “inutilmente conservei puro meu coração, e lavei as mãos na inocência” (Sl 73.13). Às vezes, até mesmo sucumbimos ao desespero ou, em casos mais extremos, alguns se apostatam da fé ao supor que Deus não lhes atendeu aos pedidos.

Todavia, as Escrituras nos dizem que a maior doença que temos e é incurável do ponto de vista médico ou psicoterapêutico é o pecado. Não há medicamentos ou terapias humanos capazes de curar o pecado. Porque o pecado, diferentemente das doenças físicas, é totalmente espiritual – embora afete também nosso corpo inteiro (Sl 32.3) –; portanto, deve ser tratado por um remédio espiritual. Além disso, o remédio não pode ser adquirido como se compram medicamentos em farmácias. O remédio contra o pecado nos é oferecido gratuitamente e aplicado diretamente em nossos corações.

2Reis 18 confirma a história anterior de que, no sexto ano de reinado de Ezequias, em Judá, Salmaneser, rei da Assíria, derrotou Israel e tomou Samaria. O texto novamente informa a razão de terrível derrota: “... porquanto não obedeceram à voz do Senhor, seu Deus; antes, violaram a sua aliança...” (2Rs 18.12). E uma vez tendo obtido sucesso contra Israel, a Assíria avançou contra Judá. Em 701 a.C., Senaqueribe avançou ao longo da costa, derrotando o exército egípcio. Em Laquis, cidade próxima a Judá, fez sua base. Todavia, não derrubou os portões de Judá (Mq 1.9). Por quê? Senaqueribe tinha menor poder que Ezequias? Não. Ele havia conquistado grandes nações, incluindo o Egito. A razão foi porque “tendo o rei Ezequias ouvido isto, rasgou as suas vestes, cobriu-se de pano de saco e entrou na Casa do Senhor” (2Rs 19.1). Rasgar as vestes, cobrir-se de pano de saco e entrar na Casa do Senhor, em outras palavras, significa arrepender-se de seus pecados e depositar sua total confiança no único e verdadeiro Deus. Eze
quias sabia quem poderia livrá-lo daquele perigo iminente.

Diante da grave ameaça de Rabsaqué, uma espécie de ministro da defesa de Senaqueribe, contra Judá, Ezequias buscou ouvir a palavra do Senhor e não o seu próprio coração ou qualquer outro conselho ímpio. Rabsaqué debochou da fé que Ezequias tinha no verdadeiro Deus e blasfemou contra o Senhor. Ao falar ao povo, disse: “Não deis ouvidos a Ezequias, porque vos engana, dizendo: O Senhor vos livrará” (2Rs 18.32), e comparou o Deus de Ezequias aos deuses falsos das outras nações (2Rs 18.33-35).

Ezequias “enviou a Eliaquim, o mordomo, a Sebna, o escrivão, e os anciãos dos sacerdotes cobertos de pano de saco, ao profeta Isaías, filho de Amós” (2Rs 19.2). Ezequias era um homem piedoso que amava ao Senhor e seguia seus conselhos. Deus havia curado o coração de Ezequias. Ele havia curado seu pecado. Ezequias, portanto, não se estribava em seu próprio entendimento. Não confiava em seu coração nem considerava seus recursos suficientes. Ele ouviu a palavra profética de Deus por meio de Isaías de que nem ele nem seu povo precisavam temer, porque o Senhor afugentaria Senaqueribe e seus exércitos (2Rs 19.6-7).

Houve nova ameaça de Rabsaqué contra Ezequias (2Rs 19.8-13). Ezequias, então, orou ao Senhor e clamou para que Deus os livrasse do mal (2Rs 19.14-19): “Inclina, ó Senhor, o ouvido e ouve; abre, Senhor, os olhos e vê; ouve todas as palavras de Senaqueribe, as quais ele enviou para afrontar o Deus vivo” (2Rs 19.16). Senaqueribe pecou contra o Senhor; Ezequias foi submisso ao Senhor. As escolhas de ambos fizeram diferença na guerra. Senaqueribe, ímpio que não se arrependeu de seus pecados e permaneceu em sua idolatria até a morte (2Rs 19.37). Ezequias, ao contrário, buscava ao Senhor todos os momentos, com contrição e piedade (2Rs 20.2). O Senhor é santo e não pode suportar iniquidade. Ele pune com severidade o pecado e castiga todos os que blasfemam contra seu santo nome. Ele odeia o pecado e o pecador que cultiva o pecado e os expõe publicamente ao desprezo a fim de que todas as nações saibam quem é o Senhor.

Ao considerar a piedade de Ezequias, perdoar-lhe os pecados e oferecer a ele a vitória contra os assírios, o Senhor evidenciou sua glória, seu poder para perdoar pecados e demonstrou ao mundo que aqueles que confiam nele são vitoriosos contra todos os inimigos. Senaqueribe afrontou o “Santo de Israel” (2Rs 19.22) e recebeu a devida punição por seu pecado, sendo derrotado e, posteriormente, morto à espada (2Rs 19.35-37).

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