Wendell Lessawendell_lessa@yahoo.com.br

A vida dinâmica de um povo redimido

Publicado em 17/08/2022 às 22:38.

O livro bíblico de Números nos mostra que Deus tem um plano preestabelecido e Ele usará o Seu povo para cumprir o objetivo final. Quase sempre, o povo não compreende os meios de como Deus fará as coisas acontecerem. Mas o fato é que elas acontecem sempre como Deus planejou. Todo crente deve estar convicto disto: existe um final glorioso, no qual o povo de Deus vencerá definitivamente. É difícil sabermos os meios. Aliás, nem precisamos. O fato de não sabermos como Deus alcançará seus objetivos não deve nos deixar ansiosos ou nos tornar incrédulos. Sabemos que Ele fará o que prometeu. Isso nos basta, porque é exatamente isso que é a fé (Hb 11.1). Devemos, portanto, descansar em Sua secreta providência.

A essa altura da história do povo de Israel, eles já conheciam os extraordinários milagres que Deus havia operado por meio da arca de Noé, da família de Abraão, por meio de Isaque, Jacó, José e o próprio chamado de Moisés. O povo havia presenciado a convulsão egípcia e a derrota de Faraó para Yahweh, usando Moisés e Arão. Tinham inúmeras provas da fidelidade, do cuidado, da provisão e do poder de Deus. Não deveriam desconfiar de nada que o Senhor lhe dissesse. O Senhor nunca os tinha abandonado. Embora eles passassem por várias provações, Deus sempre cumpria o Seu propósito e os fazia continuar a jornada.

O fato de não sabermos como Deus alcançará seus objetivos não deve nos deixar ansiosos ou nos tornar incrédulos. Sabemos que Ele fará o que prometeu.

Todavia, nós sabemos como as coisas funcionam. Agora, no deserto, a vida permanece dinâmica como ela é: Deus continua sendo gracioso, fiel, bondoso, provedor, soberano e propositivo. E o povo, por outro lado, divide-se entre os que são fieis ao Senhor da Aliança, confiam Nele de todo coração, dedicam suas vidas a Ele. E os que, dando ouvido a fábulas e ao seu próprio coração, influenciados pelas inclinações ímpias, ignoram toda a história de glórias divinas e se rebelam contra a lei de Deus.

Números nos ensina que, por meio de Suas sábias e distintas leis, Deus desejava orientar o povo e torná-lo sábio, obediente e penitente. Deus requeria o arrependimento. Ele ordenou que fossem trazidas ofertas e sacrifícios pelos pecados cometidos (Nm 15.1-36). Ordenou que os sacerdotes fossem sustentados e honrados (Nm 18.1-20), e que os levitas fossem devidamente retribuídos pelo seu trabalho (Nm 18.21-32). O povo é conclamado a dar o seu melhor: sua melhor oferta, seu melhor dízimo, sua melhor vida, seus melhores dons. Deus deve ser honrado com todas as dádivas (Nm 18.29).

Por outro lado, pecados continuavam a atormentar Israel, como no caso da revolta de Coré, Datã e Abirão e, depois, do restante do povo. Mesmo Israel tendo sido punido severamente (Nm 14.1-45), de novo alguns do povo pecaram contra Moisés e Arão e desafiaram a sua liderança (Nm 16.1-3). Novamente, Deus mostrou a Israel o Seu poder e confirmou a liderança de Moisés, punindo os rebeldes com a morte (Nm 16.20-40). Não satisfeitos com o método divino, outros ainda se rebelaram e foram severamente punidos com pragas e morte (Nm 16.49).

A vida do povo de Deus é bem dinâmica e se alterna entre pecado, arrependimento, purificação (Nm 19.1-22) e frutificação. Isso é santificação. É Deus agindo no seu povo, movendo a sua história, refletindo a sua imagem e tornando esse povo o lugar de sua presença. Assim é até hoje e sempre será. Jesus Cristo, o Senhor da igreja, está no meio do seu povo, agindo nele e fazendo dele o povo que demonstra os feitos poderosos do glorioso Senhor. E Jesus Cristo está conosco, operando com o seu poder em nós para nos fazer cada vez mais parecidos com ele próprio (Fp 1.6; Rm 8.29).  

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