A altivez de espírito é a arrogância característica daqueles que não reconhecem o senhorio de Jesus Cristo sobre suas vidas. Esses são os soberbos. Eles pensam que seus planos são sempre mais sábios que os de Deus, que suas escolhas são sempre mais acertadas que aquelas orientadas pela Palavra.
Ignoram, portanto, todo o conselho do Senhor. Pensam que podem ser maiores que Deus. Cogitam tornar seus nomes mais célebres que o de Deus.
Exaltar o próprio nome e tornar-se célebre por seus próprios esforços e méritos foi a ideia na conhecida história da “torre de Babel”: “Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope cheque até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra” (Gn 11.4).
Eles ignoraram o fato de que a ordem de Deus era exatamente o oposto. Eles deveriam se espalhar (multiplicar) por toda a terra, a fim de dominá-la (Gn 1.28; 9.1).
Os soberbos pensam que podem criar suas histórias fora da História de Deus. Todavia, toda arrogância é recompensada com a ruína e a queda (Pv 16.18). Enquanto os homens querem subir e tornar seus nomes poderosos, Deus desce para ver o que se passa (Gn 11.5).
Ironicamente, o Senhor se inclina para ver a tentativa inútil dos homens de tentar alcançá-lo por seus próprios recursos.
Ninguém alcança o Senhor por meio de seus próprios recursos. Se o Senhor não atrair para si aquele que ele deseja, é impossível encontrá-lo. Foi assim desde o princípio: não foi Adão quem buscou o Senhor, mas o Senhor que o encontrou (Gn 3.8-9).
Os altivos de espírito pensam poder salvar a si mesmos. Todavia, “A arrogância do homem será abatida, e a sua altivez será humilhada; só o Senhor será exaltado naquele dia” (Is 2.17). É exatamente isso que o escritor dos Provérbios afirma: “o Senhor escarnece dos escarnecedores” (Pv 3.34). O Senhor zomba deles (Sl 2.4; 59.8).
Aos humildes, porém, o Senhor concede graça. Graça é quando o Senhor nos presenteia com aquilo que não merecemos.
Apesar de pecadores, ao ouvirmos o ensino do Senhor com os corações dispostos pelo Espírito Santo, quando buscamos a sabedoria mais do que qualquer outro bem, quando rejeitamos nossos próprios méritos e entendimentos e repousamos nossos corações naquele que pode suprir todas as nossas carências, recebemos como recompensa favores jamais merecidos.
O Senhor nos dá alimento e proteção (sol e escudo), favores e exaltação (graça e glória) e não deixa de nos dar nenhum de seus bens (Sl 84.11).