No “Conversa com o Presidente” dessa terça (27), o Presidente Lula mencionou sobre autismo e a importância de se dar oportunidades a essa população.
Mas o que impede de fato que o deficiente esteja incluso tanto no ambiente social, escolar ou no mercado de trabalho?
O autismo é um transtorno neurológico complexo que afeta a maneira como uma pessoa percebe e interage com o mundo. Pessoas autistas podem apresentar diferenças significativas no processamento sensorial, na comunicação social e no comportamento. No entanto, é importante ressaltar que o autismo não é uma doença a ser curada, mas uma variação natural da neurodiversidade humana.
O capacitismo, por sua vez, é uma forma de discriminação e preconceito contra pessoas com deficiência que inclui a crença de que ter uma deficiência é inferior ou indesejável. O resultado disso vai desde a exclusão social até a negação de oportunidades de educação, emprego e participação plena na sociedade.
Uma das formas de capacitismo é a suposição de que o comportamento e a comunicação autistas são inadequados e devem ser corrigidos, em vez de serem valorizados e compreendidos. Isso pode levar a terapias e abordagens que visam “normalizar” os indivíduos autistas, ignorando suas necessidades e perspectivas únicas.
Outro aspecto é a falta de inclusão e acessibilidade. Muitas vezes, os ambientes sociais, educacionais e de trabalho não estão adaptados para acomodar as suas necessidades e isso pode criar barreiras significativas à participação plena e igualitária.
É fundamental reconhecer que as pessoas autistas têm habilidades, talentos e perspectivas valiosas a oferecer. Ao adotar uma abordagem inclusiva, podemos criar um ambiente em que todos os indivíduos, independentemente de sua neurodiversidade, possam se sentir valorizados e respeitados.
Combater o capacitismo requer uma mudança de mentalidade e uma sociedade mais inclusiva e acolhedora. É fundamental desafiar estereótipos e reconhecer a importância da diversidade neurocognitiva. Ao promover a aceitação e o respeito pelo autismo, podemos construir uma sociedade mais justa e inclusiva não só para o autista, mas para todos.
