A classe política, principalmente o executivo, através de pesquisas , sabe que o cidadão na hora de votar não prioriza a saúde. O conceito é de que obras de infraestrutura visível, bem como programas sociais que atendam diretamente e pessoalmente o eleitor é que acaba gerando voto. Na prática, o brasileiro só se lembra da saúde quando ele ou familiar necessita de atendimento. O resultado é que temos hoje uma saúde totalmente sucateada, onde as estatísticas não mostram o grande número de óbitos por falta de atendimento. A responsabilidade deve ser creditada primeiramente ao Governo Federal, segundo ao Governo do Estado e num terceiro momento ao gestor municipal. Trazendo para nossa realidade, a coluna levantou informação de que existem pacientes em Montes Claros que há quase quatro anos espera por atendimento. A informação é de que este número gira em torno de 16 mil pessoas.
 
Verdade da saúde
É fato de que em Montes Claros vários setores avançaram, principalmente no que se refere a obras de infraestrutura. Entretanto, é preciso que o setor de saúde evite maquiar os problemas, tentando mostrar uma realidade que não existe ou apenas apresentando resultados positivos. Sabemos que não podemos transferir toda responsabilidade ao município, mas é preciso que os gestores apontem as falhas e mostrem os verdadeiros culpados. Como o Governo Federal não está na ponta, as queixas da população não chegam até ele.
 
Aécio Neves
Sem entrar no mérito das questões relacionadas com acusações e processos contra o deputado federal Aécio Neves (PSDB), bem como a decisão do STF de inocentá-lo, o certo é que ele colocou a sua imagem no processo eleitoral de 2026, tanto na disputa presidencial, como no Governo de Minas. Aliás, no caso específico da disputa em Minas, hoje a situação é mais favorável, já que os concorrentes apresentados até agora não conseguem avançar junto ao eleitorado.
 
Renovação nas prefeituras
Mesmo não tendo bola de cristal, é possível prever que se as eleições fossem hoje a maioria dos atuais prefeitos, que vão para a reeleição, vão conseguir renovar o mandato. Outros bem avaliados também conseguirão eleger sucessores. Ao contrário do que muitos imaginavam, foi justamente no período da pandemia da Covid-19 em que as prefeituras receberam maior aporte financeiro por parte do Governo Federal. Um outro fator importante foi que o governador Zema (Novo) conseguiu equacionar as contas do Estado e tapar os buracos deixados pelo então governador Fernando Pimentel (PT) junto às prefeituras.
 
Chances de eleição
De agora em diante faremos a leitura da disputa eleitoral nas cidades do Norte de Minas. A princípio não estamos enxergando mudanças profundas no processo.