Aldeci XavierJornalista, articulista, analista político e empresarial | aldecixavier@gmail.com

Saúde para saúde

Publicado em 19/01/2022 às 00:36.Atualizado em 21/01/2022 às 12:16.

A coluna, que foi a primeira a apontar as deficiências na área de saúde do município e que vêm sendo maquiadas com as informações relacionadas com a pandemia da Covid-19, não poderia deixar de elogiar a decisão do município de transferir para o Hospital das Clínicas Dr. Mário Ribeiro da Silveira parte do atendimento de pediatria, agora com pronto-atendimento 24 horas, diminuindo o sofrimento das famílias. De qualquer forma, a Secretaria Municipal de Saúde precisa, com urgência, atacar outras especialidades e exigir mais de determinados hospitais, que buscam ser a porta de entrada somente das especialidades que pagam melhor e evitam consultas.

Equilíbrio na saúde
Enquanto o poder público, principalmente deputados, usarem como critério os interesses políticos na distribuição das emendas que são obrigados a destinar para o setor da saúde, jamais teremos um equilíbrio no atendimento à população que necessita do SUS. No caso específico do Norte de Minas, os hospitais da região recebem as migalhas que sobram do bolo, o que acaba obrigando os municípios a enviarem a maioria dos seus pacientes para Montes Claros. Por aqui a coisa não é diferente. Parlamentares já elegeram quem deve ficar com a fatia maior do bolo, mesmo sabendo que o aplicado não chega aos pacientes SUS.
 
Vendendo ilusão
Sem querer entrar no viés político, o certo é que durante o governo petista assistimos à euforia com a facilidade de acesso à universidade, o que, na prática, serviu mesmo foi para enriquecer empresários do setor de educação. Hoje, como resultado, estamos sendo obrigados a conviver com uma realidade amarga: milhares de pais endividados com Fies, que na época serviu inclusive como cabo eleitoral. O mais triste é que, como resultado, criaram desnecessariamente centenas de faculdades que têm formado vários profissionais que não encontram mercado de trabalho, seja por falta de vaga seja pela qualificação. Basta dizer que, para minimizar a situação, o atual governo teve que ajudar as famílias, dando desconto de até 90% nas dívidas do Fies.
 
Banalização superior
Para exemplificar e justificar o pensamento de que governos anteriores agiram exclusivamente com foco eleitoral ao tentar agradar a população, deixando a ideia de facilidade de curso superior, basta ver o que está acontecendo com o curso de Direito. Só no Norte de Minas são dezenas de faculdades que estão colocando no mercado mais de mil profissionais por ano. Hoje, você encontra, em qualquer esquina, um jovem recém-formado que aceita inclusive emprego de um salário mínimo mensal, o que não é sequer o investimento que seus pais fizeram para que conseguisse se formar. Uma situação mais grave vem acontecendo com os formados em Odontologia, fato que comentarei na próxima coluna.

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