Como forma de orientar os pretensos candidatos a vereador a decidirem se enfrentam ou não as urnas, ou em que partido filiar, é necessário esclarecer alguns pontos. O primeiro é de que a disputa será mais acirrada e as chances são menores do que no pleito passado. É que o partido poderia lançar o número de cadeiras na Câmara mais 50%. Hoje, o partido ou federação só poderá lançar o número de cadeiras mais um. Se não bastasse, a exigência da Lei de que a chapa tem que contar com 30% de sexo oposto, geralmente de mulheres, é outro fator complicador, já que nos últimos anos tem sido uma missão quase impossível encontrar número suficiente de mulheres bem avaliadas eleitoralmente.
Regra 80/20
Entre os fatores que podem dificultar a vida de pretensos candidatos a vereador na eleição de 2024, está a nova regra, também conhecida como oitenta por vinte. O partido ou federação que não conseguir 80% do quociente eleitoral, não participa da distribuição das vagas. O mesmo acontece com o candidato, que terá que atingir 20% do quociente. A regra vale também na distribuição das sobras. Vale ressaltar que se o partido fizer o quociente ele precisará apenas de 10% para assumir a primeira vaga, mas já o segundo eleito terá que ter atingido os 20%. Normalmente quando a agremiação atinge a meta é fato que o mais votado tem votação que garante a vaga em qualquer leitura.
Apenas 80%
Ainda dentro da regra eleitoral conhecida como oitenta por vinte, vale ressaltar que se o partido, ou federação fizer apenas 80% do quociente eleitoral, o mais votado terá que ter obtido os 20%. Se comparada a legislação, tomando como exemplo o município de Montes Claros, a previsão é que o quociente esteja em torno de 10 mil votos. Em regra geral o candidato terá que ter votação mínima de dois mil votos para entrar na brincadeira.
Junta Junta
Ao contrário dos pleitos anteriores, na eleição de 2024, os vereadores que em 2020 ficaram entre os mais votados, vão procurar se agruparem para não correrem o risco de ficarem fora pelo fato do partido não ter atingido o quociente eleitoral. A vantagem é que estes estão a mais de três anos em campanha e com estrutura que o cargo de vereador oferece.
Casamento na polícia
Como sendo a principal cidade do Norte de Minas é normal que as atenções na disputa eleitoral estejam voltadas para Montes Claros. A este respeito é possível dizer que a maioria dos deputados que gravitam em torno do prefeito Humberto Souto “não morrem de amor” por ele. Trata-se de conveniência de momento e quando for deflagrado o processo eleitoral, ou seja, estiver perto das convenções não será nenhuma novidade se um ou outro, tomar rumo contrário. Não é nenhum segredo afirmar que política no Brasil é alimentada pela conveniência.