Tem muitos candidatos a deputado imaginando que a escolha por uma agremiação onde depende de menos votos para ser eleito é o suficiente para sonhar com a eleição. Na verdade, a matemática a ser usada não é tão simples assim. Primeiro, é preciso entender que o quociente eleitoral em Minas para as eleições deste ano deve ser em torno de 130 mil votos. Como o candidato para entrar na distribuição terá que conseguir 20% do quociente, vale dizer que com menos de 26 mil votos está fora. Além do mais, mesmo que o partido não consiga atingir este número para entrar na divisão da sobra, também é preciso atingir os referidos 20%.
 
Sem identidade
A cada dia me convenço de que no Brasil os partidos se corromperam e perderam totalmente a identidade. Os acordos são baseados nos interesses dos seus comandantes. Um exemplo típico é o Solidariedade, onde o presidente da agremiação, Paulinho da Força, fez acordo de apoiar a candidatura à presidência de Lula e admitiu que nos estados os diretórios definissem os rumos. A este respeito, o presidente do partido em Minas, deputado federal Zé Silva, informou que por aqui ficarão neutros na disputa presidencial, mas na corrida ao governo de Minas estarão na embarcação de Zema (Novo).
 
Bancada Solidariedade
Quando o deputado federal Zé Silva, que é presidente do Solidariedade em Minas, divulga que a bancada do seu partido será neutra na disputa presidencial e que ao governo estará com Zema (Novo), fica a ideia de que a agremiação é gigante no Estado. Na verdade, no parlamento, conta apenas com um deputado federal e um estadual.
 
Ornamentar palanque
Muitos leitores sem saber os motivos que levaram o ex-deputado Marcus Pestana (PSDB) a garantir que a sua pré-candidatura será mantida. A verdade é que tanto para a bancada tucana como do Cidadania, a intenção é ornamentar palanque para os candidatos na disputa proporcional e garantir o tempo exclusivo no rádio e na TV. Não tenho dúvidas de que a maioria dos integrantes das duas agremiações seguirão outro itinerário.
 
Desistência
Leitores querendo saber das prováveis desistências de candidaturas na proporcional, no Norte de Minas. No momento, somente o médico Émerson Guimarães (PSDB), por questões familiares, abriu mão de sua candidatura a deputado federal. O que podemos adiantar é que geralmente as desistências acontecem após as convenções, que este ano vai do dia 20 deste mês a 5 de agosto. Elas acontecem porque o candidato percebe que não terá chance na chapa ou porque a mesma não tem chance de eleger ninguém. Um outro fator é a falta de estrutura financeira.
 
Virtuais
A partir de agosto até o fim da primeira quinzena de setembro a presença de parlamentares nas Assembleia e no Congresso Nacional será rara. Motivo: campanha eleitoral.

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