Lideranças do Norte de Minas, principalmente ligadas ao meio rural, estão indignadas com a postura de parlamentares mineiros que levantaram a bandeira em favor da ampliação da área mineira da Sudene para a região do Alto Rio Doce. Na verdade, seriam mais 50 municípios a participar da divisão de recursos que sequer têm chegado à região para atender suas necessidades. O critério para definição é baseado em questões climáticas (dificuldades), o que não é o caso das cidades envolvidas, com exceção das do Norte de Minas incluídas. Sou de opinião que se trata de uma medida “política eleitoreira”.

Pacheco e os poderes
Fica a impressão de que pelos vastos conhecimentos jurídicos do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o mesmo tem agido com “conveniência política” no trato das questões daquela Casa quando o assunto envolve o Poder Executivo. O resultado é que o Senado Federal começa a mergulhar numa vala comum, perdendo a credibilidade junto à população. As cenas protagonizadas pela CPI da Covid-19 são um exemplo claro do desrespeito às testemunhas, invasão de competências em relação aos outros poderes, bem como dos outros poderes em relação ao próprio Congresso Nacional. Continuo com a tese de que o Senado é “um faz de conta que virou teatro”.
 
Sucessão em Minas
A todo instante nos deparamos com informações especulando possíveis candidaturas ao governo de Minas em 2022. Além do governador Zema (Novo), que vai para a reeleição, e o atual prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que já se declarou candidato, o nome que tenta decolar é do prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão. Como de agora até a convenção especulações e articulações serão uma constante, estamos assistindo setores da imprensa divulgando outros nomes, como do ex-governador deputado Aécio Neves (PSDB) e do presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PV) na disputa. Hoje é possível afirmar que, no momento, no “holofote do processo”, não aparecem os nomes de Aécio nem de Agostinho.
 
Anastasia à deriva
Apesar da competência comprovada, o senador mineiro Antonio Anastasia, que cumpre os dois últimos anos no Senado, caminha para “pendurar a chuteira do jogo político”. Até o momento, ele afirma não ter pretensão de voltar às urnas em 2022. O comentário em Brasília e em Minas Gerais é que existe a possibilidade do mesmo ser indicado para o TCU ou para o TCMG. Até agora, só especulações.
 
Dinheiro da Vale
Parece que governo e Assembleia de Minas estão chegando a um acordo para votar projeto que autoriza o governo estaual a utilizar R$ 11 bilhões dos R$ 37,68 bilhões a serem pagos pela Vale, por causa da tragédia de Brumadinho em 2019. O acordo é para que o repasse seja direto às prefeituras e não aos convênios. O entendimento está avançado.