Constantemente tenho comentado que existem dois critérios na hora da escolha do companheiro de chapa na disputa majoritária, ou seja, o vice. O primeiro critério é que o nome a ser escolhido tenha densidade eleitoral comprovada, ou perspectiva de aglutinar votos. O outro critério é oferecer estrutura financeira, ou de partido que tenha influência direta no processo. Parece que para as eleições deste ano, tais critérios estão ficando em desuso. No caso de Montes Claros, por exemplo, a dificuldade dos partidos é justamente na definição do candidato a vice. Até agora o que assistimos são especulações de nomes. Nenhuma das articulações avançam.
Escondendo o jogo
É fato de este ano a difícil tarefa na escolha do companheiro de chapa na disputa majoritária tem atingido diretamente quem está fora do poder. Em Montes Claros a situação é mais tranquila para o candidato Guilherme Guimarães que só depende do prefeito Humberto Souto para saber o nome do companheiro de chapa. É fato de que ele já sabe o critério que utilizará para escolha, mas prefere esconder o jogo. Por analogia, levando em consideração vários fatores, principalmente o de confiança e aproximação, tudo leva a crer que será transferido ao deputado Gil Pereira o direito de manifestar sobre o assunto.
Vacina da dengue
O Governo Federal tem feito um alarde em relação a compra e a distribuição de vacinas contra a dengue. Quem não está a par do assunto acredita que o Ministério da Saúde está resolvendo o problema. Na prática,o programa prevê a aplicação de duas doses e o que está sendo distribuído não é o suficiente para atender sequer 1% da população. Se não bastasse, os critérios estão totalmente na contra-mão do que deveria ser. Primeiro garantiram vacina para todos os municípios com mais de 100 mil habitantes, o que não é verdade. Para se ter idéia, apesar de estarmos em uma das regiões mais carentes do país nenhuma cidade da região será contemplada. A alegação é de que foi escolhida as cidades com maior incidência da dengue.
Público escolhido
Se não bastasse a falta de vacinas suficientes para atender a demanda, o que tem chamado a atenção dos profissionais da área de saúde é o fato do Ministério da Saúde, ter definido que neste primeiro momento as vacinas de combate a dengue só poderão ser aplicadas em crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. Acontece que os casos mais graves da dengue, inclusive os óbitos, têm afetado principalmente as pessoas idosas.
Comissão Provisória
A única forma de acabar com o toma lá dá cá da direção dos partidos em relação às eleições municipais é definir na lei prazo de vigência das comissões provisórias, o que não é de interesse dos deputados. É que diretório não aceita interferência.