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Aldeci XavierJornalista, articulista, analista político e empresarial | aldecixavier@gmail.com

Político melancia

Publicado em 01/12/2020 às 00:59.Atualizado em 27/10/2021 às 05:11.

A imprensa nacional destacou o fato de o PT não ter conseguido eleger nenhum prefeito nas capitais. Aproveitaram para comentar sobre a redução de petistas eleitos nos municípios brasileiros. O assunto acabou servindo de combustível para alimentar, nas redes sociais, postagens de “antipetistas”. Na prática, tal fato não representa nada. O que se deve levar em consideração é o lado ideológico alimentado pelos candidatos de esquerda. No Norte de Minas, por exemplo, tivemos vários candidatos ideologicamente petistas que mudaram de partido para tentar vencer o pleito. É o chamado político melancia, verde por fora e vermelho por dentro.

Improbidade administrativa
A todo instante surgem denúncias e processos na Justiça em que prefeitos são acusados de improbidade administrativa. Chama a atenção a lentidão com que a Justiça julga estes casos. Raro são aqueles em que o chefe do Executivo é condenado durante o exercício do mandato. Agora mesmo, estamos assistindo candidatos que foram eleitos e reeleitos, que retornam carregando na bagagem diversos processos que continuam nas gavetas do Judiciário, sem serem incomodados. Aliás, por este Brasil afora, tem processo que há 20 anos espera julgamento.
 
Regra para o político
O cidadão ou cidadã que fizer opção pela carreira política deverá entender que a sobrevivência depende de seguir regras que interferem diretamente na vida social. A primeira é a de não expor a sua vida particular nas redes sociais, já que isto não interessa ao eleitor. Outra regra é a de entender que a avaliação pública leva em consideração o ciclo de relacionamento.
 
Curiosidade política
O fim da coligação na proporcional levou partidos a se preocuparem apenas com o lançamento de chapa completa. A capacidade eleitoral dos candidatos passou a ser uma questão secundária. Em Montes Claros, por exemplo, o PMB, que foi chancelado pelo deputado Zé Reis do Podemos, lançou 35 candidatos e obteve apenas 3.202 votos, menos da metade do quociente eleitoral, que foi de 8.786. Aliás, a maior votação foi de Aurélio Vidal com 902 votos. Se este não tivesse sido candidato, o partido teria obtido no total, apenas 2.300 votos.
 
Curiosidade PDT
Mesmo sendo um partido tradicional em Montes Claros, o PDT apresentou, nas eleições deste ano, uma performance abaixo do esperado. O partido obteve na disputa proporcional 9.324 votos, o suficiente para eleger o vereador Raimundo do INSS que obteve, deste total, 3.300 votos. Vale lembrar que se Raimundo não tivesse sido confirmado na chapa, o partido não elegeria ninguém, já que cairia para 6.000 votos, número abaixo do quociente eleitoral que foi de 8.786. Aliás, mesmo na sobra, ficaria abaixo do PSC do vereador Marcos Nem.

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