Pelo fato de neste ano estar na disputa, em Minas, apenas uma vaga para o Senado, percebemos que efetivamente os nomes de maior visibilidade não estão dispostos a buscar a cadeira. Em decorrência deste fato, podemos afirmar que teremos uma polarização entre o candidato da oposição, que no caso é o Alexandre Silveira (PSD) e o candidato de direita, seja ligado a Bolsonaro ou a Zema. Em 2018, quando estava em disputa duas vagas, concorreram quatro candidatos no mesmo nível: Dilma Rousseff, Dinis Pinheiro, Carlos Viana e Rodrigo Pacheco.  
 
Vereadores candidatos
Já há algum tempo que os vereadores de Montes Claros não se dispunham a enfrentar as urnas em uma disputa ao parlamento mineiro ou Câmara Federal. Na relação de candidatos para o pleito deste ano está o vereador Starlin Cordeiro, do Podemos (federal), Rodrigo Cadeirante, do Rede ( federal) e Cláudio Rodrigues, do Rede (estadual). Em relação à chance de cada um, só teremos uma avaliação após registro das chapas. Vale ressaltar que a votação a ser obtida em Montes Claros, por si só, não será suficiente, necessitando de votação em outros municípios. 
 
Apoio a paraquedista
O vereador Starlin Cordeiro foi convencido pelo deputado federal Marcelo Aro (PP), que disputará uma vaga no Senado, a sair como candidato a deputado federal. O que chama atenção é o fato de Aro, em vez de transferir suas bases no Norte de Minas para um candidato da região, preferiu a presidente da Câmara de BH, Nely Aquino (PP), que diga-se passagem, sequer deve conhecer o Norte de Minas. 
 
PSDB à deriva
Há tempos vínhamos comentando neste espaço de que o PSDB, que chegou a ser gigante na era Fernando Henrique, hoje tem encontrado dificuldades até mesmo para aparecer nos holofotes do processo político aqui pelas bandas do Norte de Minas. O único município em que o partido está estruturado e mantém hegemonia é em Taiobeiras. Como a coordenação regional está a cargo do médico Emerson Guimarães, que engavetou seu projeto de disputar cadeira na Câmara Federal, o encolhimento será ainda mais evidente. Aliás, em Minas Gerais, o futuro depende do resultado das urnas na proporcional. Caso não seja o esperado, caberá ao deputado federal Aécio Neves fechar as portas e apagar a luz do ninho tucano. 
 
Zema/Bolsonaro
Sempre quando é questionado sobre alinhamento com a candidatura de Bolsonaro (PL), o governador Zema (Novo) fala que tem bom relacionamento com o presidente, que seu partido tem o candidato Felipe D’Ávila e que o PL tem candidato ao governo em Minas. Na prática, percebemos que tudo não passa de jogo de cena: a federação, mesmo não formalizada, será natural no estado.

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