Aldeci XavierJornalista, articulista, analista político e empresarial | aldecixavier@gmail.com

Perdeu, Mané

Publicado em 17/11/2022 às 02:00.

Às vezes, quando comentamos sobre o processo eleitoral, corremos o risco de passar a ideia de que estamos saindo em defesa de um dos lados do processo. Ao contrário: a nossa preocupação é a defesa da liberdade de expressão e o respeito às nossas instituições. Infelizmente, os integrantes dos poderes constituídos não estão dando o devido respeito, colocando em risco a nossa democracia. Um exemplo é o vídeo postado nas redes sociais, onde o ministro Barroso, do STF , ao ser questionado por um cidadão sobre o processo eleitoral, simplesmente responde: “Perdeu, mané”. Se tal comportamento vem da Suprema Corte, o que poderemos esperar do nosso país?
 
Conquista da vergonha
Existe uma frase, dita por Maquiavel entre 1469 a 1527, que continua atual e pode ser comparada com o momento em que vive o país. A frase diz o seguinte: “Os que vencem, não importa como vençam, nunca conquistam a vergonha”.
 
Zema e a KPE
No momento em que a KPE Engenharia, responsável pela construção da ponte que liga São Francisco à MG-402, sentido Pintópolis, vem atrasando o pagamento a empresas terceirizadas e fornecedoras de equipamento, não só atrasará a entrega da obra como, também, acaba prejudicando diretamente o Governo do Estado. Como se trata de recurso proveniente de acordo com a Vale, é fato que este já está à disposição. As dúvidas acabam caindo no colo do governador Zema (Novo).
 
Cala boca já morreu
Alheio aos diversos interesses da classe política e da sociedade, quando da formação do novo Senado Federal, a expectativa é que, urgentemente, sejam votadas leis específicas que evitem que STF e TSE de interferir e tentar calar a imprensa por opinião ou pensamento. Queremos apenas que a fala teórica da ministra Cármen Lúcia, do STF, seja sustentada na prática: “Cala boca já morreu”.
 
Orçamento Secreto
Diante do caráter de parte da classe política, confesso que não tenho opinião formada se sou a favor ou contra o chamado orçamento secreto e emenda parlamentar. De um lado, seria uma forma de evitar a venalidade no Congresso, já que os parlamentares têm como atender suas bases sem se venderem. Por outro, entendo que não é função e nem o papel dos parlamentares. O fato da base do presidente Bolsonaro ter elegido dois terços nas duas casas não garante que haverá mudança na lei. É que a maioria, especialmente integrantes do chamado centrão, não pensarão duas vezes para vender a consciência em troca de cargos.
 
Voto consciente
Todo final de eleição assistimos a uma guerra surda dos dois lados da disputa tentando desmerecer o voto no outro. A este respeito, sou de opinião que o voto consciente é o que importa. O resultado é consequência do desejo da maioria e não pode ser baseado apenas nas promessas.

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