Aldeci XavierJornalista, articulista, analista político e empresarial | aldecixavier@gmail.com

PDT e o Muro

Publicado em 07/09/2023 às 00:00.

Em países evoluídos, como Estados Unidos, todos os envolvidos na política tem lado. Não importa se é de direita, ou de esquerda. O que não é admissível é que partidos tenham posicionamento dúbio, alinhando na esfera federal com o Governo e nos Estados e municípios agindo de acordo com a conveniência e tendência das urnas. Este é o caso do PDT, que na União se alimenta com o banquete do Palácio do Planalto, votando de acordo com interesse do Governo e nos estados vende a ideia de independência. Em Minas Gerais, por exemplo, não precisa de bola de cristal para afirmar que tanto na majoritária, como na proporcional, o partido elege seus integrantes com o voto da direita e não da esquerda.
 
Reflexo futuro
Na terça-feira (5) na inserção que tem direito na TV, integrante da cúpula do PDT apresentou como principal conquista o fato de ter ingressado no STF e conseguido a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro. A mensagem pode ser um tiro no pé dos candidatos do PDT que pretendem enfrentar as urnas em 2024 e estão contando com o voto do eleitor da direita, principalmente os bolsonaristas.
 
Legislação Eleitoral
Até as eleições de 2024 comentarei e analisarei todo processo eleitoral. É fato que se alguma interpretação da Lei Eleitoral não estiver de acordo, terei a humildade de fazer a correção. O certo é que tenho me debruçado dia e noite sobre o assunto, inclusive buscando orientação de juristas que lidam com a matéria. Já comentei que o partido que atingir 100% do quociente eleitoral precisaria o candidato apenas de 10% para ser eleito direto, mas que no caso da sobra, ou o partido que fizer apenas 80% do quociente será necessário 20% do quociente.
 
Sobra da Sobra
Em análises anteriores esquecemos de comentar sobre a sobra da sobra, também conhecida como terceira rodada. Vale ressaltar que o partido que não fizer sequer 80 %do quociente já está descartado da divisão. A interpretação da Lei de momento é que a sobra da sobra contemplará os mais votados. Exemplo: Se uma Câmara for composta por 13 vereadores e forem eleitos 10 pessoas, as três vagas restantes recairão sobre os mais votados entre todos os partidos que fizerem o quociente eleitoral.
 
Queda do FPM
Os prefeitos que não se prepararam para este período que começa a enfrentar o país, poderão encontrar dificuldade nesta reta final da atual legislatura, podendo inclusive comprometer seu projeto na disputa sucessória de 2024. O Governo Federal anunciou a implantação de um novo PAC, mas os valores apresentados não estão contemplados no orçamento que está sendo montado, não sendo possível criar expectativa. Para complicar, com menos de um ano já houve corte nos dois pilares mais importantes que são saúde e educação.

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