Aldeci XavierJornalista, articulista, analista político e empresarial | aldecixavier@gmail.com

Partido e nada

Publicado em 26/07/2024 às 00:00.

As eleições deste ano mostram de forma clara que partido no Brasil só serve como moeda de troca para atender deputados, senadores, presidentes estaduais e nacionais das agremiações. Os chamados diretórios municipais “são empresas de fachada” para abrigar interesses pessoais dessa gente que na maioria são escusos e fora da ética republicana. Tomamos como exemplo Montes Claros onde na disputa majoritária todos os acordos e decisões vieram de cima para baixo. Aliás, vocês já perceberam que os diretórios e comissões municipais têm um parlamentar como dono? 
 
Falência eminente
Como os partidos políticos não obedecem mais ideologia ou estatuto é natural que a sobrevivência seja temporária. Poucas foram as agremiações que não fundiram, ou mudaram de nome para tentar enganar o eleitor. Entre os partidos mais antigos que ainda conseguem visibilidade podemos citar o PT, PDT e MDB, ex-PMDB. O PCdoB que é considerado o mais antigo do país hoje é uma “ gota d’água no oceano político” e para não ser extinto se federalizou com PT e PV. O resumo é que se não concederem autonomia às agremiações nos municípios a falência político-partidária é iminente. 
 
Fora do contexto
Com a velocidade da viralização dos fatos nas redes sociais é mais do que importante que os agentes políticos, principalmente aqueles que estão na disputa majoritária, sejam comedidos nas falas e só usem quando extremamente necessária. Palavras depois de ditas não tem como mais engolir de volta. Quanto menos pessoas usarem da fala em eventos políticos, menos risco o candidato e o grupo correm. Ontem criticamos a postura do presidente do Diretório do PSDB, Fernando Daymon pelas citações desnecessárias em relação ao ex-procurador de Montes Claros, Otávio Rocha, pelas suas indiretas ao deputado federal Aécio Neves. Da mesma forma, sou de opinião que também o senhor Otávio foi infeliz com fala desnecessária e fora do contexto . O momento da convenção é de celebração pessoal do partido, ou grupo, e não cabe nos discursos colocar na cena politica outros personagens. Se houver necessidade este comportamento se aplica em outra fase da campanha.
 
Ana Maria Resende
Em coluna anterior comentamos foto onde aparece o candidato a prefeito Délio Pinheiro (PDT), o ex-deputado Carlos Pimenta (PDT) ao lado do ex-prefeito, Jairo Ataíde (PSDB) e da ex-deputada Ana Maria (PSDB). Carlos Pimenta informou a coluna de que foi uma visita de cortesia para convidar a ex-parlamentar, que é educadora de formação, para coordenar o plano de governo na área educacional, juntamente com a professora e ex-delegada de ensino Salete Nether. Aliás, Pimenta é que ficará responsável pelo grupo que elaborará o plano de governo na área da saúde.

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