Para os municípios que há quase 15 dias estão na “Onda Roxa”, o anúncio do governador Zema do início, a partir de hoje (17), de uma nova fase, valendo para todo o Estado, surgiu como uma bomba. Para quem vai entrar na onda agora, o sacrifício é possível de tolerar, mas quem já está há 15 dias cumprindo decreto será um tiro de misericórdia em muitos pequenos e médios empresários e trabalhadores que estão, ou serão, demitidos de seus empregos. Muitos pais de família estão sem saber se é pior enfrentar a pandemia ou a falta de comida dentro de casa.
Entidades e pandemia
A preservação da vida deve ser a meta e prioridade em todas as ações de enfrentamento da Covid-19. Entretanto, é preciso que as decisões levem em consideração a sobrevivência das empresas e, consequentemente, do trabalho. Penso que as entidades que representam a classe trabalhadora têm assistido a tudo de braços cruzados, aceitando posição e decisão. É preciso que a pandemia seja enfrentada sem que empresários e trabalhadores sejam os vilões.
Justiça e o respeito
É preocupante a enxurrada de críticas e acusações nas redes sociais contra integrantes do STF. Independentemente da veracidade, ou não, o certo é que quando o órgão, que é o guardião da ordem e da Justiça (da Constituição), perde o respeito, a democracia fica à deriva.
Banca de revista
Decreto do governo do Estado e do município permite a atuação dos profissionais da imprensa, mas tem impedido que as bancas que vendem estes produtos funcionem. O resultado é que produtores de revistas e jornais impressos não estão encontrando forma de disponibilizar o produto para leitores. Não é novidade afirmar que toda manhã várias pessoas procuram estes locais para buscar, principalmente, o jornal do dia. Aliás, achar que estes locais promovem tumulto é apenas uma forma de jogar pra plateia.
Festas clandestinas
Continuo com o pensamento de que os justos não podem pagar pelos pecadores, ou seja, as pessoas que cumprem as medidas sanitárias de proteção contra a Covid-19 não devem ser penalizadas por conta dos infratores, que andam promovendo baladas clandestinas ou atitudes semelhantes. A forma de tentar solucionar o problema é criar lei onde determina que, em período de pandemia, os promotores destes tipos de eventos serão presos sem direito ao pagamento de fiança. Enquanto a punição for a assinatura de termo circunstanciado para responder processo no futuro, e que não dará em nada, os absurdos continuam acontecendo.
Partidos inativos
Se a pandemia da Covid-19 não for rapidamente debelada, poderá comprometer muitas candidaturas às eleições de 2022. Além da dificuldade de movimentação, as agremiações partidárias estão praticamente inativas neste período.