Sou do tempo em que a população se sentia segura em saber que podia contar com uma Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) técnica, que estava pronta, a todo momento, para proteger a popular de qualquer tirania que viesse a ser praticada por um dos poderes ou setor público. Hoje assistimos uma entidade que se acovarda diante dos fatos, deixa a entender que tem interesse dentro do processo político. É fato que este desenho é minoria dentro da entidade. Entretanto, é preciso que os bons, os isentos se manifestem, se colocando ao lado da verdade, defendendo e exigindo o respeito às leis contidas na nossa Constituição. O resumo é que a OAB tem envergonhado os bons profissionais que dela fazem parte.
Sou jornalista
Antigamente nos orgulhávamos quando nos apresentávamos como jornalista. Hoje, ao contrário, na maioria das vezes, preferimos passar despercebidos, uma vez que a categoria caiu na vala comum, se orgulhando de fazer o papel de cabo eleitoral para atender interesses de patrões que sempre viveram pendurados nas tetas do Governo. Sabemos que ainda contamos na nossa imprensa com muitos profissionais sérios e isentos e que não se deixam contaminar. Estes, precisam ser reconhecidos e reverenciados.
Vitimismo
A exemplo da eleição de 2018, nos últimos 15 dias que antecedem as eleições é comum candidatos e grupos políticos criarem fato para conseguirem holofotes, se passando por vítimas. O mais triste é que encontram amparo na mídia, com interesse no processo – e até mesmo profissionais que não têm o cuidado de ouvir os dois lados. Primeiro pensam na audiência, levando o assunto para o sensacionalismo e somente depois é que tentam remendar o assunto. Coincidência ou não, os protagonistas são sempre os mesmos.
Mordaça eleitoral
Nas eleições anteriores tínhamos a liberdade de analisar profundamente o processo, inclusive apontando os prováveis eleitos, baseado em vários fatores, inclusive pesquisas de intenção de votos realizadas para consumo interno. Hoje, praticamente estamos amordaçados, sem poder aprofundar no assunto, uma vez que os próprios órgãos de imprensa temem ser punidos. A hipocrisia judicial é tão grande que as redes sociais estão carregadas de fake news, com os braços curtos da Justiça não conseguindo alcançar. Quando conseguem detectar, fazem vistas grossas ou simplesmente mandam tirar as postagens.
Surpresa na eleição
Independentemente se será ou não eleito, o certo é que nas andanças pelos quatro cantos de Montes Claros é possível perceber que um dos candidatos a deputado federal terá votação surpreendente, cuja porcentagem não apareceu nas pesquisas realizadas para consumo interno.