O principal assunto da política em Montes Claros, nesta semana, foi a decisão do TRE-MG que julgou favorável o pedido, do PSB, de cassação do mandato do vereador Fábio Neves, com alegação de que este teria deixado a agremiação para ser candidato a deputado estadual em 2018 e só solicitando o retorno posteriormente ao pleito. A única certeza que temos é que o retorno do suplente de vereador João Paulo Bispo ao Legislativo em nada irá alterar o cenário político, seja para o momento, seja por ocasião das eleições de outubro.
Por que não altera?
Primeiro, porque com a pandemia da Covid-19, as movimentações políticas estão praticamente paralisadas, devido ao isolamento social. Segundo, que a posição do vereador Bispo não provocará mudança nos resultados das votações. Em relação às eleições de outubro, não terá influência, porque o partido sequer conseguiu montar chapa completa e a lista dos pré-candidatos nos leva a crer que terá dificuldade em obter êxito nas urnas. Vale lembrar também que Fábio Neves já havia decidido não disputar a reeleição.
Dentro ou fora
Ainda com relação à decisão do TRE-MG, que cassou o mandato do vereador Fábio Neves (PSB), a dúvida é se a sua saída será de imediato ou não. Por um lado, vários juristas são de opinião de que ele poderá recorrer ao TSE, mas fora do cargo. Para outros, a decisão depende do próprio Tribunal, que ainda não havia solicitado o seu afastamento, bem como de resultado de ação já protocolada no TSE. Conversando com Neves, este informou que já recorreu junto ao Tribunal e aguarda resultado. Se a decisão for favorável a João Paulo Bispo, este permanecerá no cargo até dezembro (fim da atual legislatura). Se for concedido liminar favorável a Fábio Neves, uma decisão final só deve acontecer quando estiver espirando a atual legislatura.
Reabertura do comércio
Proporcionalmente quanto por cento de montes-clarense foi infectado com a Covid-19 ? Qual a porcentagem de testes foram adquiridos e realizados no município? Qual a diferença em manter as pessoas aglomeradas nas portas das lojas e permitir que entrem nos estabelecimentos? Por que não estabelecer critérios e permitir determinado número de pessoas em ambientes acima de 200 metros quadrados, a exemplo da Tambasa, shoppings etc? Por fim, quais os critérios técnicos e o poder de decisão do Comitê de Crise criado pela Prefeitura de Montes Claros? Faço tais questionamentos devido a intransigência da municipalidade em assistir o desespero de empresários e trabalhadores, enquanto os que decidem vivem no conforto de não depender, da existência, ou não, da Covid-19.