O governador Zema (Novo) declarou que está confiante no fim da greve da segurança pública do Estado nesta semana, mesmo afirmando que não há condições de recompor os quase 30% restantes do que se comprometeu com a categoria. Vale lembrar que nesta quarta-feira haverá nova manifestação na capital. Aliás, o chefe do Executivo entregou ao secretário da pasta a negociação. O resumo é que Governo e servidores até agora não conseguiram falar a mesma linguagem.

 
Segurança e saúde
Afirmar que no Governo todos os setores são importantes para o funcionamento da máquina é a mais pura verdade. Entretanto, durante a pandemia (Covid-19) quem esteve diretamente na linha de frente em todos os momentos, colocando inclusive a vida em risco, foram os profissionais dos setores de segurança pública e da saúde. Os outros, ou foram dispensados ou trabalharam em home office.
 
Federação
O assunto federação continua sendo o principal assunto no mundo político. Em Minas, aos poucos o quadro vem se definindo. Partidos tidos como de esquerda como PT, PSB, PC do B e PV aproveitam a discussão de alinhamento nacional para definir posicionamento em Minas. Já declararam a possibilidade de apoio à candidatura de Alexandre Kalil. A escolha se deve à falta de opção já que não teriam nome para enfrentar o próprio Kalil ou o governador Zema. A novidade é que a exigência é o alinhamento com a candidatura de Lula (PT).
 
Razões da Federação
As pessoas que gravitam em torno do mundo político não conseguiram entender o que levou a construção de federações partidárias. A justificativa seria possibilitar a aproximação de legendas de ideologias semelhantes, mas, na prática, foi a forma encontrada para burlar a cláusula de desempenho da reforma eleitoral, vigente antes das atuais mudanças. A possibilidade seria uma forma de proteger os partidos pequenos, bem como evitar que até mesmo partidos estruturados que obtiverem baixa votação corram o risco de perder recursos públicos e tempo na propaganda eleitoral. Vale ressaltar que a aplicação nas eleições de 2024 da federação só acontecerá se der certo este ano.
 
MDB
Para não fugir à regra dos últimos anos, o MDB já definiu que não participará de federação e que segue conversando sobre candidaturas majoritárias. Historicamente, a agremiação sempre esteve ao lado do poder e a decisão de quem apoiar acaba recaindo sobre o nome com maior chance de vitória. Exemplo claro é em Minas: na legislatura passada esteve ao lado de Fernando Pimentel (PT); na atualidade, de Zema (Novo).
 
Avante
Ontem o Avante deu seu pontapé nas articulações no Norte de Minas, com a filiação do deputado Arlen Santiago (ex-PTB). Na coluna de amanhã divulgaremos os detalhes.