A novela de 8 de janeiro onde centenas e centenas de pessoas foram presas, na minha opinião sendo na sua maioria inocentes, não terá seu capítulo final com a votação do pedido de anistia no Congresso Nacional. O assunto será um dos principais assuntos da campanha do próximo ano. De um lado a esquerda tenta alimentar o discurso sustentado por parte da mídia aliada ao Governo de que houve golpe. Já a direita vai individualizar os fatos, mostrando o lado humanitário e o fato de muitos inocentes estarem sendo penalizados. No radar do eleitor estará principalmente os deputados de direita e centro-direita.
Pulverização dos votos
Quando analisamos a representação do Norte de Minas na Câmara Federal e a nossa representação genuína naquela casa percebemos que a conta não fecha. Podemos dizer que temos apenas os deputados Paulo Guedes (PT) e Marcelo Freitas (UB) representando uma região de cerca de um milhão de votos. Por outro lado, entre os deputados federais mineiros de outras regiões do Estado, votados substancialmente por aqui, temos no Congresso 20 parlamentares. O mais triste é que sempre quando uma liderança regional mostra o desejo de disputar o cargo é imediatamente combatido pelos políticos responsáveis por vender a consciência do eleitor em troca de migalhas e promessas. Esses têm nome e endereços.
Délio Pinheiro
Nesta semana tentei conversar com o suplente de deputado federal, Délio Pinheiro (PDT) para saber do que está reserva para o seu futuro político. Até o fechamento da coluna não recebi retorno. Procurei um amigo próximo, que inclusive esteve em sua campanha a prefeito de Montes Claros, e este informou que Pinheiro não engavetou o seu projeto político e será novamente candidato a deputado federal. Ele no momento estaria viajando muito realizando cursos na área de comunicação. A fonte comentou que neste primeiro momento Délio não deve deixar o PDT para não perder a condição de primeiro suplente. Entretanto quando da abertura da janela ele deve buscar abrigo em outra agremiação.
Tabuleiro político
Aos poucos o quadro político no país e em especial as articulações formação de blocos e federaçõese vem sendo definidas o que nos mostrará de forma clara quem é quem no processo. O caso mais recente foi a tentativa de criação do bloco envolvendo o PP, UB e Republicanos. A decisão do presidente do Republicanos, Marcos Pereira, de desistir do entendimento jogou o projeto por terra. Lá na frente vai mostrar que o partido tem pretensões de ser protagonista na campanha presidencial.
Seca
Com exceção da Amams que manifestou sobre o assunto, tanto o Governo Federal, estadual e demais lideranças políticas apenas assistem o desespero do produtor rural com a falta de chuva.