A cada dia me convenço ainda mais de que o Congresso Nacional não me representa e serve apenas para referendar as ações do Governo. Este comportamento não é de hoje, vem há décadas. As negociações em troca de cargo ou de emenda é um comportamento que os integrantes daquela casa consideram comum. Aliás, a prevaricação não deve ser atribuída apenas aos que vendem a consciência do eleitorado, mas aqueles que assistem a tudo e continuam calados. Estes também não têm o direito ao manto da verdade e nem a mea-culpa.
 
Verba Publicitária
Em um dos seus artigos, o conceituado advogado José Maurício Conti, explica o porque não procede a cultura de que o legislativo não pode legislar sobre matéria financeira. Ele explica que não existe nenhum ponto da Constituição que mostre tal proibição. Aliás, existe uma diferença grande entre legislar sobre matéria financeira e gerar despesas. A este respeito, vejo que parlamentares se omitindo, no momento em que não criam lei disciplinando a distribuição de verbas públicas para a imprensa, também conhecida como verba publicitária. Nas três esferas de poder, o chefe do executivo distribui os recursos, não de acordo as necessidades, mas sim a conveniência política. É fácil perceber que entrega para alguns “o bolo e a outros o farelo”. No mínimo, entendo que os parlamentares deveriam questionar os motivos.
 
Situação da MG-122
Nesta semana passei pela MG-122, no trecho entre o Trevo de Montes Claros até Janaúba. Confesso que não sei dizer se o trecho estaria, ou não, pior do que estrada de terra. A este respeito fui atrás de resposta e recebi do diretor-geral do DER-MG, responsável pela recuperação do piso asfáltico, quando recebi a informação que já existe recurso garantido para o serviço, mas não existe prazo para a ordem de serviço. A única garantia é que a publicação do edital está prevista para a próxima semana, ou seja, primeira semana de agosto.
 
Barragem de Berizal
É preciso que parlamentares que representam o Norte de Minas parem de ficar usando a conclusão das obras da Barragem de Berizal como instrumento de discurso político. O que nos preocupa é o fato de ficarem criando expectativa em cima da conclusão de uma obra fora da realidade do Governo Federal para o momento. Para se ter ideia, o reassentamento que incluía dezenas de pessoas, hoje se aproxima das milhares. Se não bastasse, o tempo em que a obra ficou parada é necessário o realinhamento da planilha que não é nada barata. Primeiro é preciso levantar custos para depois emitir qualquer tipo de opinião. Aliás, é hora do Dnocs, responsável pela obra, falar sobre o assunto.
 
Malandro dançar
A frase que deixo aos questionamentos recebidos é de que “ não toco viola para malandro ou maluco dançar” .