Temos tido a preocupação de acompanhar as discussões envolvendo a implantação do chamado Bloco 8, que prevê a exploração mineral na região de Grão Mogol, Padre Carvalho, Fruta de Leite e Josenópolis. Respeitamos todas as opiniões, incluindo as divergentes. O que não podemos admitir é que, em nome de posições políticas, sejam levantadas questões fora do aspecto técnico. É pertinente a preocupação com o meio ambiente, entretanto, há cerca de dois anos, vários órgãos ligados ao setor, vem analisando os possíveis impactos. Até agora, tudo parece obedecer as exigências ambientais. Um outro lado que também deve ser considerado é o lado do investimento e as oportunidades de emprego. Serão aplicados R$ 11 bilhões numa região sem expectativa de crescimento industrial. Isto sem contar com a criação de 6 mil empregos.
Salve os artesãos
É questionável a insistência do poder público em Montes Claros em tentar sustentar que o município é “a cidade da arte e da cultura”, enquanto as medidas em relação a categoria mostram o contrário. Já há algum tempo temos questionado a decisão da prefeitura de impedir que os artesãos vendam seus produtos nas chamadas feirinhas, a exemplo da que acontece no bairro São José. A alegação é a pandemia da Covid-19. Como todos os setores estão funcionando normalmente, fica parecendo que os responsáveis pela transmissão do vírus são os artesãos. A este respeito, a Câmara de vereadores aprovou na manhã de ontem, requerimento do vereador Rodrigo Cadeirante (Rede) em que solicita do Secretário de Cultura, João Rodrigues, a liberação da comercialização de artesanatos nas feirinhas.. Aliás, estes produtos já vêm sendo comercializados em outros pontos, a exemplo do mercado municipal.
Corrida presidencial
A filiação, na quarta-feira (27), do presidente do Senado Rodrigo Pacheco ao PSD, serviu para encaminhar a disputa presidencial, bem como a disputa pelo Governo de Minas. Antes da mudança de partido, existia a expectativa de que ele poderia optar tanto pela disputa do Governo de Minas, quanto pelo DEM, bem como participar de chapa na disputa majoritária nacional. Como a opção foi pelo PSD e em Minas a agremiação já definiu pela candidatura ao Governo do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, só restou a Pacheco o espaço nacional.
Matemática sucessória
Ainda é cedo para antecipar qualquer previsão do que possa acontecer na disputa presidencial. O único fato de momento é que se as eleições fossem hoje a disputa ficaria entre o presidente Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Lula (PT). Uma terceira via vai acontecer, mas não sabemos em que formato. A definição acontecerá quando a maioria dos integrantes do chamado “Centrão” se posicionar.