Comentei várias vezes que cada eleição conta sua própria história e que o comportamento do eleitor modifica a cada pleito. Agora mesmo, com o crescimento e modernização das redes sociais, a influência das lideranças no processo, a exemplo de vereadores, prefeitos e os próprios deputados não aparece como em outros tempos. Um exemplo foi a própria eleição do presidente Bolsonaro e do governador Romeu Zema. De qualquer forma, a participação dessas lideranças é um reforço para qualquer campanha, já que por trás existe um grupo.
Clubes sociais
É preciso que a Prefeitura de Montes Claros discuta com urgência a situação dos clubes sociais da cidade, que estão praticamente fechados há quase um ano e meio, em decorrência das medidas sanitárias de enfrentamento à Covid-19. Para se ter ideia, em toda cidade existem regras para o funcionamento de bares e restaurantes, enquanto que nos clubes estes espaços estão proibidos de funcionar. Permite o jogo de futebol, que é uma atividade de contato, mas não permite o uso de piscina e de saunas. Aliás, o que é possível permitir, baseado nas experiências sanitárias, eu não saberia dizer, mas com certeza alguma coisa deve ser feita.
Política sem paixão
É fato que, historicamente, na disputa pela presidência da República, sempre quem esteve no poder foi para o segundo turno ou colocou seu candidato na disputa. Partindo desta premissa, é possível dizer que o presidente Bolsonaro garante presença na disputa final. Desta forma, é preciso que a oposição, em especial os partidos de esquerda, encontre uma melhor forma de polarizar a disputa com o candidato da direita. Os ataques sem direção e consistência, na verdade, servem para fortalecer o que chamamos de terceira via. A este respeito, estamos assistindo o nome do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, aparecer nos holofotes do processo sucessório, transformando-o na opção de centro.
PT na Fiesp
Já é do conhecimento dos leitores que o diretor-presidente do Grupo Coteminas, Josué Gomes da Silva, foi eleito na segunda-feira, candidato único que era, para a presidência da Fiesp, para o mandato de 1º de janeiro de 2022 até 31 de dezembro de 2025, em substituição a Paulo Skaf. O fato marcante na história é que a entidade, que até então era considerada “ antiLula”, passa a ter um relacionamento estreito com o candidato petista à presidência da República. Josué não esconde que é amigo pessoal do ex-presidente, do qual o seu pai, José Alencar, foi vice quando Lula era o presidente da República.
Pisando em ovos
O presidente eleito da Fiesp, Josué Gomes (MDB), como amigo pessoal de Lula, terá que ter “jogo de cintura” na condução da entidade. É que sua diretoria é veladamente contrária à esquerda.