Historicamente, candidatos ou ocupantes de cargos majoritários sempre foram eleitos ou tiveram no seu governo um grupo político no seu entorno. O governador Zema (Novo) contraria toda regra e desde a campanha vem tocando a sua vida em “carreira solo”. Durante seu governo, não teve alinhamento sólido com a Assembleia Legislativa, com a bancada federal ou Palácio do Planalto. Agora mesmo, preferiu continuar no Novo e apoiar o presidenciável do seu partido, Felipe d’Ávila. Só não deverá ficar sozinho porque busca um vice de outra agremiação.
Líder do governo
A indicação do senador mineiro Carlos Viana (PL) como líder do governo no Senado já era prevista, já que ocupava a vice-liderança e o cargo estava vago. Entretanto, também pesou o fato de ser ele o pré-candidato ao governo de Minas no partido do presidente Bolsonaro (PL). Aliás, se souber aproveitar o espaço, pode melhorar sua situação eleitoral no Estado.
Chapa complicada
Se confirmado o entendimento que vem sendo costurado entre MDB, União Brasil, Cidadania e PSDB com objetivo de lançamento de candidatura única à Presidência, vários candidatos a deputado, tanto estadual como federal, que continuam ou filiaram em um desses partidos, correm o risco de não serem eleitos. Na prática, buscaram tranquilidade de reeleição mas ficarão refém de uma federação de quatro partidos. Como a regra entre partidos que disputam em via própria ou federação não aumenta o número de candidatos que poderão lançar, a situação fez foi complicar a disputa proporcional.
Federação
O fato da direção dos partidos ter a prerrogativa de firmar federação, independentemente da vontade dos seus candidatos, trouxe a incerteza para maioria dos partidos envolvidos. Vale esclarecer que a federação só é importante para fortalecer uma candidatura majoritária, ou para permitir que partidos pequenos e nanicos tenham oportunidade de eleição de um dos seus candidatos.
Moro e a corrupção
O ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil), que ficou conhecido em todo o país pela campanha de combate à corrupção, joga no lixo todo o histórico criado no momento em que se filiou em partido que também busca federação com agremiações como PSDB, MDB e Cidadania, em que existe entre seus membros pessoas denunciadas e suspeitas de práticas ilícitas.
Foi para o progressista
O ex-prefeito de Mato Verde Oscar Lisandro, que se exonerou da função de chefe do Executivo na semana passada para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa de Minas, decidiu abandonar as fileiras do PDT para ingressar no Progressista, onde a possibilidade de êxito é maior. Ele aceitou a empreitada atendendo convite do presidente do PP, deputado federal Marcelo Aro.