Aldeci XavierJornalista, articulista, analista político e empresarial | aldecixavier@gmail.com

Fundo da hipocrisia

Publicado em 21/12/2021 às 00:59.Atualizado em 29/12/2021 às 00:35.

Se acreditássemos menos nos discursos de determinados políticos e avaliassem suas ações, certamente teríamos um Congresso que de fato falasse a linguagem da população. Um exemplo claro foi a votação na sexta-feira (17), quando deputados e senadores derrubaram o veto do presidente Bolsonaro, que barrava o valor estipulado para o Fundo Eleitoral. Agora estão autorizados a gastar até R$ 5,7 bilhões nas eleições de 2022. O valor permitirá que determinados deputados recebam até mais de R$ 10 milhões para gastarem em suas campanhas.

Veto da indignação
Como o eleitor não tem o hábito de questionar deputados sobre suas ações, preferindo acreditar apenas nas migalhas oriundas de emendas que distribuem, ou nos discursos tendenciosos, passou despercebida a forma como votaram os deputados votados no Norte de Minas que, olhando apenas para o umbigo, foram favoráveis à derrubada do veto do presidente Bolsonaro garantindo que possam usar até R$ 5,7 bilhões nas eleições. Para não ser injusto, dos deputados votados na região, apenas Eros Biondini (PROS), Igor Imo (Podemos) e Júlio Delgado (PSB) votaram pela manutenção do veto. Aliás, gostaria que os deputados que se dizem nossos representantes que expliquem o posicionamento.
 
Fundo da imoralidade
A exemplo do que acontece com a maioria dos candidatos a vereador, sou de opinião de que dinheiro público não deveria ser utilizado para bancar candidaturas. Os interessados em participar da disputa deveriam bancar os próprios custos. Quando das eleições municipais, como os recursos são insuficientes para bancar todas as campanhas de prefeitos e vereadores, apenas meia dúzia de escolhidos conseguem a “ajuda”, que normalmente são indicações de deputados federais. Aliás, o mais coerente é que, ao invés de Fundo Eleitoral, deveria se chamar “fundo da vergonha”.
 
Legado de Virgílio
Já há algum tempo comentamos neste espaço que o deputado estadual Virgílio Guimarães (PT) não disputaria a reeleição, inclusive chegou a ser cogitado o deputado Paulo Guedes (PT) retornando à disputa por vaga na Assembleia, o que somente não acontecerá em decorrência da candidatura de Lula. Aproveitando a onda, em Porteirinha, o grupo de Silvanei Batista (PSB) já está divulgando a informação afirmando que agora a dobradinha no município é entre o ex-prefeito e o deputado Paulo Guedes. Aliás, a conversa é de que Silvanei vai mesmo buscar abrigo no PT.
 
Em Porteirinha
O ex-prefeito de Porteirinha Alonso Reis (PT), que é sabido não navega já há algum tempo na embarcação de Silvanei Batista (PSB), já avisou que se o ex-prefeito insistir em filiar no PT, ele será candidato a deputado estadual, para dividir os votos daquele município.

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