Há algum tempo criei a expressão “foguete molhado” como referência àqueles candidatos que estão no processo eleitoral mas sem qualquer chance de êxito. Entre os candidatos do Norte de Minas, mais especificamente Montes Claros, estamos assistindo ao anúncio de vários pré-candidatos que não apresentam nenhuma chance de êxito nas urnas. Se insistirem no projeto será apenas para fazerem “piquenique no processo”. Por questões de ética, vejo que não é o momento de citar nomes, mas quando for deflagrado o processo, por respeito aos leitores, não tenho como deixar de citar.
Saraiva Felipe
A coluna já havia antecipado no início do ano que o PSB mineiro estava com a intenção de lançar o ex-ministro da Saúde e ex-deputado federal Saraiva Felipe como pré-candidato ao governo de Minas, o que aconteceu na noite da segunda-feira (23). Como sabemos que no Estado não tem espaço para uma terceira via, é fácil perceber que a decisão visa apenas abrigar o projeto político do pré-candidato Lula (PT). O próprio Saraiva, que foi ministro de Lula, havia admitido anteriormente que não seria candidato e participaria da coordenação da campanha do petista. O restante da história é fácil de imaginar...
Candidatos da imprensa
Seja por interesse próprio, ou patronal, sou de opinião que o jornalista comete um crime contra o seu Estado, seu país, quando utiliza de espaço na imprensa, ou de uma pseudocredibilidade, para vender candidaturas. Chega a ser vergonhosa a forma escancarada com que estes órgãos de imprensa elegeram seus candidatos e só falam no que consideram adversário se a informação for negativa.
MDB e o muro
Comentei em uma das colunas que o PMDB, hoje MDB, historicamente sempre preferiu ficar em cima do muro e no final pender para o candidato com maior chance de vitória. A cena tende a ser reprisada no pleito eleitoral deste ano. O próprio presidente da agremiação, em entrevista à imprensa da capital, confirmou tal posicionamento.
Jogo de cena
No primeiro dia em que o deputado federal Reginaldo Lopes (PT) anunciou sua candidatura ao Senado, cravei neste espaço que ele apenas estava guardando espaço para negociação e tentar passar a ideia de que na eleição o PT teria vida própria em Minas. Ele agora tenta justificar a sua desistência. Não precisa entender de política para saber que a aliança passou pela preservação do espaço para a candidatura à reeleição do senador Alexandre Silveira (PSD). Aliás, para manter a aliança, quem dita as regras são os pessedistas.
Cartas na mesa
Vários dos pré-candidatos do Norte de Minas na proporcional estão cultivando a ideia de que não é hora de apresentar a candidatura, entendendo que o momento é após as convenções. Estes estão esquecendo que é preciso mostrar força antes das convenções.