Antes mesmo da virada do ano estamos assistindo o inicio de mudança no comportamento dos atuais vereadores que estão de olho na reeleição. A explicação é simples: é que de agora em diante será “cada um para si e Deus para todos”. Até então não havia a necessidade de posicionamento político em torno das matérias discutidas em plenário. Agora o viés é outro e já estamos percebendo, em reuniões de plenário, oposição se distanciando da situação e direita da esquerda. O grande perigo é assumir postura que vai na contramão do interesse do eleitor. Volto a lembrar que o voto para vereador, em quase sua totalidade, não está atrelado a partido político ou ideologia. Ele é pessoal e intransferível. O único alinhamento que pode acontecer é se o eleitor ligar o voto na majoritária com o da proporcional.
 
Quem define?
Fui em busca de resposta para o cancelamento de reunião do Podemos que aconteceria nesta quarta-feira (6), no plenário da Câmara de Montes Claros. O encontro foi articulado pelo deputado estadual Oscar Lisandro (PP) e teria como objetivo dar posse a uma nova Comissão Provisória. Primeiro é bom lembrar que Lisandro pertence ao Partido Progressistas (PP) e tem articulação para futuramente transferir para o Podemos, cuja decisão no Estado tem a frente a deputada estadual Nely Aquino (Podemos) que por sua vez é ligada ao deputado Marcelo Aro que continua decidindo pela agremiação.
 
Duas Comissões
O fato mais interessante na queda-de-braço dentro do Podemos é que o deputado estadual Oscar Lisandro (PP) se acha no direito de indicar a Comissão, tendo inclusive apresentado o nome do empresário Guilherme Sampaio como presidente da provisória, enquanto que o ex-deputado e atual Secretário de Meio Ambiente de Belo Horizonte, Zé Reis (Podemos) se ver no direito de participar da indicação em Montes Claros, por uma série de razões, a começar por ser liderança filiada ao partido. Para render ainda mais o assunto, o partido conta em suas fileiras com o vereador Stalin Cordeiro que é mais ligado a Reis e não tem sido comunicado das articulações.
 
Partidos na majoritária
Leitor querendo saber a importância da agremiação partidária na candidatura majoritária. A leitura só vale para um caso específico, ou seja, uma situação definida. Entretanto, de um modo em geral, a escolha de partido para abrigar candidatura majoritária não tem nenhuma influência direta já que vence quem for o mais votado, independente de qual agremiação pertence. A influência direta que possa ocorrer se refere no fortalecimento das candidaturas na proporcional, seja pelo voto de legenda, seja pela decisão do eleitor de votar no candidato a vereador ligado ao seu candidato a prefeito.