Não tenho por hábito criticar poderes constituídos, entendendo serem responsáveis pela condução do destino do país. Entretanto, a crítica, sem ofensas, aos integrantes destes poderes se faz necessária quando fogem da realidade ou agem de forma a atender convicções pessoais. Exemplo claro são as promessas de combate às fake news – que, no Brasil parecem só acontecer de um lado do processo político. De mais a mais, já comentamos neste espaço que é impossível, a tempo e a hora, retirar das redes sociais ataques pessoais e acusações falsas. Não cabe militância onde o servidor tem o dever e a obrigação de fazer cumprir a lei, observando o comportamento técnico.
Eu me amo
É fácil perceber que muitos candidatos não estão sabendo lidar com as redes sociais ou interpretar o teor das postagem. No momento em que dispõem em sua conta pessoal – Facebook, Whatsapp ou outra plataforma – informações da campanha, o leitor a ser convencido dificilmente terá a curiosidade de assistir. Neste particular, somente informações pontuais dirigidas às lideranças e envolvidos na campanha devem ser disparadas da conta pessoal. O restante deve partir dos envolvidos na campanhas, em seus grupos.
Votando com a barriga
É fato que concordamos com o ditado de “quem tem fome tem pressa”. Entretanto, é preocupante quando políticos usam da boa fé e do pouco conhecimento de parte do eleitorado para tentar convencê-los de que devemos votar com a barriga e não com a cabeça. Fatores econômicos, sociais, educacionais e outros passaram a ser encarados como “perfumaria”. Sem perceber, o eleitor mais simples vem sendo tratado como escravo, com políticos imaginando que um prato de comida resolve o problema dele e o do país.
Bandeirada
Já começamos a ver pelas esquinas de Montes Claros o serviço de jovens, também conhecidos na política como formiguinhas, balançando bandeiras com foto, nome e número do candidato. É importante para lembrar o eleitor que a referida pessoa está na disputa. Entretanto, existem outras etapas a serem cumpridas antes da “bandeirada”. Normalmente os principais pontos da cidade são ocupados faltando 15 dias para o pleito, quando há necessidade de mostrar força (volume).
Sete de setembro
Qualquer tentativa de intervenção do Judiciário nas manifestações de 7 de setembro, nas comemorações da Independência do Brasil, será entendida como ditadura revestida de viés político. A utilização dos símbolos da pátria é uma demonstração de amor pelo país. Dar conotação política também faz parte da liberdade de expressão e é um ato democrático.