Tudo caminha para que, de fato, a eleição municipal, marcada para outubro deste ano, seja transferida para final de novembro ou início de dezembro, em decorrência da Covid-19. O problema é que tal decisão aumenta ainda mais a incerteza em torno de todo o processo. Se até lá a pandemia já tiver sido debelada, com atividades econômicas em pleno funcionamento e a economia reagindo, a expectativa é a de que partidos políticos consigam sustentar as candidaturas, principalmente na proporcional. Caso a pandemia e a economia continuem nos patamares de hoje, é certo o esvaziamento e a desistência de dezenas de candidatos. A brincadeira é cara e mesmo com o fundo partidário, para quem tem direito, não tem como atender a maioria.

Piquenique no processo
Engana quem acha que todas as pessoas que se propõem a filiar em uma agremiação partidária e disputar as eleições, especialmente na proporcional, entram com o objetivo de vencer o pleito. Na prática, existem três tipos de candidatos. O primeiro é aquele que realmente tem consciência do seu trabalho, da expectativa de voto e de fato está na disputa. O segundo é aquele que aceita entrar no processo já sabendo que seu objetivo é o de servir de escada, para eleger este ou aqueles candidatos já definidos. O terceiro são os nomes escolhidos simplesmente para compor chapa e “fazer piquenique no processo”.
 
Eurofarma
Em pleno período de pandemia da Covid-19, o grupo Eurofarma continua a todo vapor na construção de sua fábrica em Montes Claros. Segundo apurou a coluna, 40 lotes estão sendo licitados. De imediato, estão sendo contratados mil trabalhadores, que atuarão, neste início, na fundação e estrutura do prédio. Segundo a empresa contratada para coordenar a obra, o cronograma anunciado anteriormente será mantido.
 
Proibido beijo
Não sei se é pra rir ou chorar. O certo é que no novo decreto relacionado à pandemia da Covid-19, publicado ontem pela Prefeitura de Montes Claros, no seu Artigo 7º - VII- determina: Proibir cumprimentos entre as pessoas sejam colegas, trabalhadores ou clientes, com apertos de mão, abraços, beijos, ou outro tipo de contato físico. Além dos pontos desnecessários, o que mais chama a atenção é colocar que está proibido o beijo e outro tipo de contato físico. Primeiro que ninguém vai sair por aí no “beija beija”. Se for um casal constituído socialmente, não tem como proibir. Quanto à proibição de outro tipo de contato físico, dá margens para várias interpretações.
 
Decreto Municipal
De modo geral, não podemos desmerecer a importância do decreto, que flexibiliza parte do comércio neste momento de pandemia. Entretanto, é fato que a medida não chegou lá na ponta.