Sem apontar o dedo para este ou aquele grupo político, nos últimos dias ficaram evidentes as previsões de que existem agremiações partidárias que não estão tendo como gastar os recursos. A estrutura e os gastos com a movimentação foge a qualquer realidade das regras do processo eleitoral, a começar pela destinação dos gastos. Diante do que podemos perceber a olho nu, chego a pensar que temos uma Justiça acolhedora, ou com apenas uma vista, tomando conta do processo.
Política em Minas
É fato que os candidatos na disputa majoritária no país realizam pesquisas diárias para saberem a situação nos estados e onde devem priorizar. Em Minas, a caravana do PT já tem a leitura da situação e não mais acredita que o candidato Kalil (PSD) consiga reverter o quadro, com os números apontando que a eleição pode ser decidida em primeiro turno em favor de Zema (Novo). Diante do desenho, a prioridade passou a ser a tentativa de salvar a eleição de Alexandre Silveira (PSD), que disputa a cadeira no Senado diretamente com Cleitinho (PSC) e Marcelo Aro (PP).
Lava Jato
Chama a atenção deste jornalista o fato de que nas eleições deste ano, 26 dos candidatos na disputa foram alvo da Operação Lava Jato. Deste total, 19 buscam se eleger como deputado federal, dois tentam o Senado, um a vaga na Assembleia Legislativa e outros três ao cargo de Governo. O mais triste é que a maioria com chances reais de eleição. A conclusão que chegamos é que no Brasil, o ilícito compensa e que a venda que aparece na figura da deusa egípcia Maat ( que deu origem a palavra magistrado), que representa a Justiça e que seria o símbolo de imparcialidade do equilíbrio e ponderação, não tem se aplicado na prática. A venda tem servido, mesmo, para tapar a visão da nossa Justiça. A balança e a espada passou a ser apenas um objeto decorativo ou um enfeite desnecessário.
Própria história
Temos visto profissionais da imprensa analisando o processo político baseando-se em eleições anteriores, o que de modo geral não se aplica na prática. É que o crescimento ou a queda da intenção de voto para determinado candidato é possível, mas não pode ser tratado como regra. É importante entender que cada eleição tem sua própria história e o resultado depende de diversos fatores, a começar pelo momento político do país.
Pacheco e Kalil
Pelo visto, a metralhadora do candidato ao Governo de Minas, Alexandre Kalil (PSD) vem atirando para todos os lados. Depois de Bolsonaro (PL) e Zema (Novo), chegou a vez de atacar Rodrigo Pacheco, acusando-o de não defender os interesses de Minas e fazer parte da “bancada federal bolsonarista”. O mais interessante é que os bolsonaristas pensam, justamente, o contrário.