O ponto positivo da CPI do Senado, relativo às medidas adotadas no enfrentamento à Covid-19, é que resume o tamanho do Senado Federal e seus verdadeiros objetivos. Fica claro que os interesses pessoais e a alta proteção é o que alimenta aquela Casa. O mais triste em toda a história é que hoje a população não acredita e não confia no Congresso Nacional e estende esse mesmo sentimento ao STF. Não fazemos parte do quanto pior melhor. Queremos continuar acreditando que este vendaval de falta de credibilidade nas pessoas que fazem parte das nossas instituições, alimentado pela impunidade, seja apenas um fato passageiro. 

Faltará representante
Temos alertado as lideranças genuinamente norte-mineiras, em especial representantes das entidades de classe, em relação à necessidade de antecipar a discussão das eleições de 2022, principalmente nomes para representar a região na Câmara Federal. O triste desenho é que tudo leva a crer que continuaremos, na próxima legislatura, dependendo das migalhas de deputados paraquedistas, que sabem que conseguem a eleição por aqui com meia dúzia de canos, caixa d’água ou um maquinário qualquer. Pelo visto, vários nomes estarão se apresentando para a disputa de uma vaga na Assembleia de Minas, mas a dificuldade fica na disputa por vaga na Câmara Federal. 
  
Lucídio Barbosa
Ontem fui apanhado de surpresa com a notícia do falecimento do grande amigo Lucídio Barbosa, com quem tive o prazer de participar de várias caminhadas políticas. Lucídio, que trabalhava na Codanorte, também já foi vereador em Itacambira. Era um leitor assíduo da coluna Preto no Branco.  
 
Fazendo as contas
Na Assembleia Legislativa de Minas, as eleições de 2022 começam a fazer parte da ordem do dia. O fim da coligação proporcional vai obrigar os partidos médios e grandes a se transformarem num verdadeiro blocão. O aumento do número de mudanças de partido, quando da abertura da janela, será inevitável. A previsão é de que a renovação naquela Casa deve aumentar.   
 
Suplente mais votado
O que ocorreu com as eleições municipais, em que na maioria das cidades o número de candidatos que tiveram votação superior aos eleitos foi grande, também deve ocorrer na eleição de 2022. Um exemplo é Montes Claros, onde 28 suplentes tiveram votação superior a vários dos eleitos.  
  
Dnocs
É preciso que as lideranças do Norte de Minas discutam melhor o papel do Dnocs. Apesar da sua importância, o órgão praticamente não existe na região. Além da falta de equipamentos e material humano, não existem recursos para tocar projetos. O Dnocs por aqui é dependente, exclusivamente, de emendas parlamentares, cujo volume é insignificante. Aliás, a população sequer tem conhecimento de quem está à frente das ações dos órgãos por aqui.