De agora em diante os pretensos candidatos na disputa majoritária não podem se darem o luxo de colocar em prática campanha sem programação e direção. Existe uma diferença entre campanha de candidato da oposição e da situação. Quem está fora do poder e quer alcançá-lo, tem como narrativa apontar as deficiências administrativas e ao mesmo tempo convencer o eleitor de que pode resolver os problemas e ainda ser melhor. Para não perder tempo é preciso avaliar pedidos de reuniões e abusar nas redes sociais, mais com inteligência, pois um post fora do contexto pode gerar efeito contrário.
Campanha da situação
A campanha para o candidato da situação que vai para a reeleição, ou é indicado pela administração, tem o papel totalmente contrário ao do seu adversário. Primeiro a narrativa é totalmente contrária. É preciso que tenha em mãos a relação e localização dos trabalhos realizados em todos os setores. É importante ainda levantar as deficiências, sabendo que é por este setor que será atacado pelos adversários. Precisa levantar as deficiências do seu opositor, ou do seu grupo, nas três esferas de poder para dar resposta aos ataques.
Cabo eleitoral
Como a maioria dos candidatos da situação contam com uma base maior nas câmaras municipais, nas cidades onde o prefeito vai para a reeleição, ou indicou o seu vice, é comum assistirmos estes servindo como cabo eleitoral dos candidatos na proporcional. Que é necessário elaborar uma agenda comum não temos dúvidas. Entretanto, é preciso entender que a prioridade é atender uma agenda baseada em pesquisa qualitativa que mostra o que pensa o eleitor e o que este quer ouvir.
Novela passagem de avião
A novela Passagem de avião apresentou nesta semana novo capítulo. Assistimos na eleição de 2022, o então candidato Lula (PT) se gabando de que quando foi presidente o trabalhador andava de avião e que quando retornasse estes novamente andaria. Chegou a prometer após ser eleito que a passagem para determinados grupos seria de apenas R$ 200,00. Depois de um ano de Governo o que houve mesmo foi o aumento de 48% no preço das passagens, dificultando o acesso até mesmo para as consideradas classe média alta.
Candidatos inseguros
Em Montes Claros não será nenhuma novidade se assistirmos chapas de candidatos na proporcional serem totalmente esvaziadas em decorrência das negociações escandalosas que vem acontecendo em Brasília-DF envolvendo dirigentes partidários e lideranças influentes dentro destas agremiações. Um exemplo é o partido no município aliado com a direita sendo obrigado a abraçar candidaturas da esquerda. Num primeiro momento tudo pode parecer tranquilo, mas num segundo momento, mas precisamente em 2026 a fatura vai chegar.