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Aldeci XavierJornalista, articulista, analista político e empresarial | aldecixavier@gmail.com

Bolsonaro e a temperatura

Publicado em 29/07/2022 às 00:30.

A visita que o presidente e candidato à reeleição, Bolsonaro (PL), fará a Montes Claros no próximo dia 5 de agosto servirá para que possamos medir a temperatura de sua campanha no interior do país. Num primeiro momento, não será possível fazer uma avaliação profunda em relação a intenção de voto. Entretanto, baseado no número de participantes e o peso das lideranças presentes é possível fazer um prognóstico do que possa acontecer nas urnas por aqui.
 
Convite ao presidente
Em relação à visita do presidente Bolsonaro (PL) a Montes Claros (05/08), vale ressaltar que ele teve que abrir mão de agenda no Nordeste. A concretização da agenda atende a pedido do senador Carlos Viana (PL), dos prefeitos do Norte de Minas, através do presidente da Amams, Nilson Bispo de Sá, e da classe rural, através do presidente da Sociedade Rural, José Moacyr Basso. A agenda definitiva do presidente será apresentada na segunda-feira, mas ficou acertado que a concentração vai acontecer no salão de eventos do Parque de Exposição João Alencar Athayde. No momento, discute-se a possibilidade de carreata e motociata do Aeroporto de Montes Claros até o local do evento.
 
Espionando reunião
Pela longa experiência política, é possível afirmar que na reunião que Bolsonaro fará a Montes Claros, na próxima semana (05/08), é fato que a oposição enviará aliado para “espionar” o evento e fazer o registro das principais presenças, a exemplo de deputados, dirigentes classistas e principalmente os prefeitos, do Norte de Minas, cuja maioria já declarou apoio ao atual Governo Federal e Estadual. Faz parte do jogo.
 
Quem perde
Tenho alertado ao leitor que para entender o que possa acontecer com os candidatos no Estado e na região é preciso acompanhar e tentar analisar a movimentação e acertos na esfera federal. É o caso da oficialização, na quarta-feira (27), da candidatura da senadora Simone Tebet (MDB) à presidência da República, com apoio de 97% dos votantes (262 a 9). O mais importante da decisão é o fato de ter formado uma federação com a participação do PSDB e Cidadania. A decisão acabou sendo uma “pá de cal” nas pretensões do presidenciável Lula (PT) que sonhava em contar com o apoio das três legendas. Outro que ficou isolado foi o senador Renan Calheiros, que defendia acordo com o PT.
 
Cruzar os braços
Com exceção dos candidatos dos partidos genuinamente de esquerda em Minas, que optaram por Kalil (PSD), os outros estão mais perdidos do que cego em tiroteio. É que na prática, as definições na majoritária vão contra todo o planejamento e alinhamento pretendido. Aqui pelas bandas do Norte de Minas, com exceção dos candidatos do PT e do PC do B, a maioria está decidida a acompanhar a candidatura de Zema (Novo) ou cruzar os braços.

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