No momento em que partidos de esquerda ou aliados do presidente eleito Lula (PT) afirmam que as movimentações pelo país são antidemocráticas, considero que estes estão em seus direitos e o objetivo deve ser, mesmo, tentar desconstituir o movimento. Entretanto, quando assisto a jornalistas de duas das principais emissoras de TV conceituar os atos como antidemocráticos, me sinto envergonhado em pertencer a uma categoria que tem o compromisso de levar fatos e verdades à população, sem se comprometer com posições militantes. Certo ou errado, os atos não são antidemocráticos e são garantidos pela Constituição. Antidemocrático, mesmo, são as censuras impostas à população com o aval do Congresso.
Fora Pacheco
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, caminha para ter dificuldade de renovação do mandato daqui a quatro anos. Depois de ter sustentado o STF para permitir que Lula (PT) concorresse às eleições, acabou assumindo um desgaste que não era seu. Agora tenta se reeleger, mas não tem capital político. Não terá apoio da base aliada ao presidente Bolsonaro e nem do próprio governo petista, que quer um nome com trânsito na oposição e situação. Em Minas, Pacheco chegou ao Senado com o voto do eleitor alinhado à direita – na esquerda ele não tem apoio.
Polícia Militar
Nesta 5ª feira (10), às 9h, no Auditório da 11ª RISP, no bairro Ibituruna, em Montes Claros, acontece solenidade de comemoração dos 42 anos da 11ª Regional da Polícia Militar de Minas que hoje tem à frente do seu comando o coronel Gildásio Rômulo Gonçalves.
Saindo pelos dedos
As palavras do presidente eleito Lula em relação às medidas que pretende tomar na área de segurança poderão provocar resultado contrário ao esperado. Enquanto tentam enquadrar a direção das instituições, o clima é um. No momento em que ameaçam as tropas, a fervura do caldeirão pode ser outra. Vale o antigo ditado: gato acuado poderá se transformar em um leão.
Situação é grave
A forma tumultuada com que aconteceram as eleições presidenciais, com o judiciário sendo questionado, nos permite afirmar que viveremos momentos tensos. As manifestações dos caminhoneiros podem ser consideradas apenas uma marola em meio às ondas que poderão vir. Até então, estamos acostumados apenas com manifestações de grupos e pessoas ligadas à esquerda. Hoje, elas vêm de um lado desconhecido, que é da direita, que na prática é quem detém o poder econômico do país. Quem entende de economia sabe o risco que estamos correndo. No momento em que os sonhos e as promessas não se concretizarem a situação poderá se agravar em todos os aspectos.