É possível prever que, apesar das eleições municipais só acontecerem em 2024, a montagem das chapas na proporcional começam a ser articuladas já no 1º semestre de 2023. As novas regras, principalmente o fato de que cada partido ou federação só poderá lançar o número de vagas disponíveis mais uma, força a antecipação da discussão. Para piorar, a redução no número de partidos vai afunilar o processo, forçando os atuais vereadores a se juntarem em bloco. O resumo é que, em 2024, será mais fácil conquistar o eleitor, do que escolher o partido certo.
Federação
Em Montes Claros, a situação que apresenta tranquilidade para 2024 é a da federação composta por PT, PC do B e PV. Além de terem candidato próprio na majoritária, não terão a preocupação de formação de chapa por questões ideológicas e por fazerem parte do Governo Federal. A chapa terá, como certa, a presença dos vereadores Marlus (PT), Iara Pimentel (PT) e Daniel Dias (PC do B). Nenhum fala em abandonar o barco quando da abertura da janela.
Salve a democracia
Parlamentares e integrantes do Judiciário que hoje agem dentro do viés político eleitoreiro – entendendo que estão protegendo seus interesses, alimentando uma visão e medidas nada benevolentes –, certamente pagarão a fatura no futuro, seja através dos filhos ou netos. Estão preocupados em alimentar o ódio e garantir as benesses do poder. A Constituição Federal passou a ser apenas um livro empoeirado guardado no porão escuro, próximo à gaveta da ditadura.
Desarmamento
Como pensar não é crime, penso que a intenção do futuro ministro da Justiça, senador Flávio Dino (PSB), é levar o Brasil para um caminho que a população não deseja. Antes de assumir, já definiu que vai acabar com as manifestações – até então pacíficas e garantidas pela Constituição. Para justificar, denominou as manifestações de anti-Lula. Garantiu, ainda, que pretende desarmar a população de bem. O mundo político me ensinou que, para garantir planos de poder totalitários, os governos ditatoriais desarmam a população impedindo qualquer tipo de resistência. Existe uma frase que seria atribuída a Hitler: “Se quiser dominar uma nação, desarme a população”.
De olho na Codevasf
Antes mesmo da posse do presidente eleito Lula (PT), aqui pelas bandas do Norte de Minas já se iniciaram as articulações em torno de nomes para chefiar a Codevasf. O que poucos sabem é que a nomeação é política e que não garante ao partido do presidente a responsabilidade pela indicação. A definição é feita baseada em negociação entre os deputados que compõem a base governista. Aliás, nem mesmo o futuro presidente da Codevasf tem a prerrogativa de indicar os diretores nos estados.