A queda de braço entre Zema e o Legislativo com relação à votação do projeto que autoriza o governo a utilizar os recursos do acordo da Vale, e que beneficiaria o Norte de Minas, parece que não tem data para ser votada. É que por um lado o Executivo engessou o projeto, enquanto os deputados encheram de emendas. Analisando a proposta, ficamos sem saber até onde cada lado tem razão. A conversa é que do total de R$ 11 bilhões a ser autorizado pela Assembleia, só para Belo Horizonte estão destinando R$ 4 bilhões. É importante lembrar que o valor total a ser pago pela mineradora é de R$ 37,6 bilhões.
Emendas para região
O deputado Virgílio Guimarães (PT), que foi o relator do projeto que autoriza o governo a utilizar os recursos do acordo com a Vale, informou que várias propostas que beneficiam o Norte de Minas foram incluídas através de emendas. Ele cita pavimentação BR-135, entre Manga e Itacarambi, trecho Januária a Chapada Gaúcha, o trevo São Pedro das Garças-Montes Claros até São João da Ponte, Ponto Chique/São Romão, São Francisco/São Romão, São Romão/Santa Fé de Minas entre outros.
Nova faculdade
A Escola Adventista, que está presente em 166 países, deverá no próximo ano implantar cursos superiores em sua unidade de Montes Claros, e que está sendo construída próxima ao Parque Municipal, ao lado do Posto Sapucaia. O prédio deve abrigar em torno de 1.500 alunos incluindo os ensinos infantil, fundamental, médio e superior.
Presidente do PSDB
O médico Emerson Guimarães, que disputou a eleição do ano passado como candidato a prefeito pelo PV, anunciou em suas redes sociais que está assumindo a presidência do PSDB de Montes Claros. São duas questões a considerar: primeiro que a agremiação já há algum tempo foi colocada à deriva no município, não conseguindo sequer montar chapa para disputa proporcional e majoritária. A outra questão é o tamanho que ficará o partido na disputa estadual do próximo ano. Vale lembrar que Emerson já declarou que vai para disputa como candidato a deputado federal.
Jogando no escuro
Considero questionável a decisão do médico e político Emerson Guimarães de ter se antecipado e buscado a direção do PSDB em Montes Claros. Primeiro, como candidato a deputado federal em 2022, não haveria necessidade de estar à frente de uma agremiação. Segundo, que em Minas Gerais o futuro dos tucanos é incerto, já que houve um esvaziamento. O resultado é que se conseguirem montar uma chapa forte, Emerson terá dificuldade de obter êxito. E se a chapa for esvaziada, o resultado é o mesmo.
Mudança de partido
O momento não é propício para que atuais deputados ou pretensos candidatos se arrisquem na mudança de partido. É fato que o Congresso Nacional, no momento certo, deve votar leis mudando a regra do processo.