Antes do início da campanha comentei que era possível enxergar os pré-candidatos de forma isolada, mas quando do início da campanha todos os candidatos na disputa proporcional “virariam um bando de jacarés”. Isto quer dizer que todos seriam iguais, e o eleitor encontraria dificuldade para diferenciar um do outro. Já na fase final é natural enxergar melhor o processo, com muitas candidaturas se perdendo no meio do caminho, ficando apenas quem, de fato, segue na disputa.
 
Casa do PSD
Quem está olhando de fora a “casa do PSD” em Minas imagina que tá tudo organizado. Ao contrário. Estamos assistindo a uma agremiação desorganizada, com distanciamento claro entre candidato na majoritária e na proporcional. Um exemplo é o fato que muitos candidatos a deputado não aceitaram gravar no programa de rádio e TV por não concordar em aparecer tendo no fundo a imagem de Lula (PT). Outro fato que vem repercutindo dentro do partido é que vários dos candidatos não foram contemplados com recursos do Fundo Eleitoral, justamente porque não quiseram gravar. Os únicos que não foram prejudicados foram os federais, já que são os responsáveis pela definição do volume de recurso do fundo.
 
Apenas cabo eleitoral
Dois dos atuais candidatos na proporcional em Montes Claros, um estadual e um federal, talvez pela inexperiência numa eleição estadual, estão permitindo serem usados como “cabo eleitoral”. Certamente só perceberão que foram usados após a abertura das urnas. Aliás, as pessoas em questão deveriam entender que a dobradinha entre estadual e federal só deve acontecer se houver troca de apoio. A senha para descobrir os usados é DC e quem usa é MC.
 
Américo Martins
Sou de opinião que homenagens em logradouros públicos só deveriam acontecer se o nome em questão tivesse de fato uma história comunitária ou social – e não um apelo de interesse político. A este respeito, entendo que a prefeitura de Montes Claros deve uma homenagem digna ao saudoso Américo Martins Filho, que foi mais do que um empreendedor de sucesso: na época, revolucionou a história da imprensa regional. O rastro por ele deixado foi o do amor à natureza, aos animais e, principalmente, o trabalho social que realizava sem alarde, sem publicidade. Apenas gostava de fazer o bem.
 
Perguntar não ofende
Assistimos vídeo onde o prefeito de Montes Claros, Humberto Souto, se manifesta sobre o processo eleitoral e fala da importância de votar em Bolsonaro (PL). Em resposta, o deputado federal Paulo Guedes (PT) gravou vídeo desmentindo os dados, defendendo números do candidato Lula. Neste caso, gostaria de perguntar ao leitor: na palavra de qual dos dois devemos confiar?

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