Terezinha Camposterezinhaorquidea@gmail.com

Você a conhece?

11/03/2022 às 00:04.
Atualizado em 11/03/2022 às 11:23

“Mesmo na velhice darão fruto, permanecerão viçosos e verdejantes, para proclamar que o Senhor é justo. Ele é a minha rocha. Salmo 92:14 e 15.

Anna nasceu e foi criada às margens do Rio Vermelho, Goiás. Embora tenha cursado apenas as quatro primeiras séries, aos 14 anos começou a escrever os primeiros textos, publicados posteriormente nos jornais de Goiânia e de outras cidades. Com pouco mais de 20 anos, mudou-se para o estado de São Paulo com o marido. Lá viveram 45 anos e tiveram seis filhos. 

Anna continuou a escrever. Com 50 anos, ela conta ter passado por uma profunda transformação interior, a qual chamou “a perda do medo”. Nessa fase, passou a usar o pseudônimo Cora Coralina.

Com a perda do marido, Cora passou a vender livros e a produzir produtos caseiros para a subsistência. Posteriormente voltou a Goiás. E, com quase 76 anos, publicou o primeiro livro, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais. Hoje, Cora Coralina é considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras.

Ela escrevia com simplicidade e, desconhecendo regras gramaticais, priorizou a mensagem em vez da forma. Não tendo mais do que a quarta série, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal de Goiás, em 1983.No mesmo ano, foi eleita intelectual do ano e contemplada com o Prêmio Juca Pato da União Brasileira dos Escritores. Em 1999, sua principal obra foi eleita por um seleto júri de Goiânia uma das 20 mais importantes do século XX.

Cora faleceu em Goiânia, aos 95 anos, deixando sua arte e um legado de virtudes. No poema Assim eu vejo a vida, ela deixou um recado importante e atual:

“Saber viver é a grande sabedoria. Que eu possa dignificar minha condição de mulher, aceitar minhas limitações e me fazer pedra de segurança dos valores que vão desmoronando. Nasci em tempos rudes. Aceitei contradições, lutas e pedras como lições de vida e delas me sirvo. Aprendi a viver”.

Estamos no mês de reflexões sobre a mulher do passado, a mulher do presente para encontrarmos no futuro uma mulher empoderada, para juntar às suas experiências o despontar da liberdade, da valorização pessoal, da preservação dos valores morais constituindo a mulher revestida de sabedoria; que seja o porto de segurança para a geração que está crescendo e que precisam de um norte. 

Não tem importância a falta de escolaridade, as frustrações que somos convidadas a vivenciar, afinal em tantos momentos de nosso viver é preciso sermos autodidatas, fazermos descobertas , enfrentar as tempestades com galhardia para servirmos ao próximo e realizar grandes coisas para Deus.

Não esqueçamos jamais nosso chamado. Deus nos chama e não importam as circunstâncias, Ele nos capacitará!

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