Terezinha Camposterezinhaorquidea@gmail.com

Sobre a ansiedade

20/05/2022 às 00:06.
Atualizado em 20/05/2022 às 11:53

Vivemos num momento em que temos sido assolados pela ansiedade. Tudo queremos no nosso tempo sem levar em conta a vontade de Deus, que é soberana. Na correria da vida, por vezes, passamos por alto por pequenas belezas que podem nos trazer alento e grandes lições.

Corre-se tanto para ganhar mais e alcançar mais do que o necessário. A busca inescrupulosa e paradoxal pelo material põe em risco saúde e relações, alegria e contentamento. E não é exatamente disso que todos precisam? Saúde, boas relações, alegria e contentamento? Sim! Muito bem.

Mas se corrêssemos menos e desfrutássemos mais os prazeres que não custam tanto, como a vida seria mais leve! Se trabalhássemos na medida certa e descansássemos nosso espírito na confiança de que dependemos de Deus para respirar, teríamos mais saúde.

Lamentavelmente, a ansiedade cobra um preço muito alto dos ansiosos. O filósofo Montaigne expressa bem a situação humana com suas palavras: “Minha vida foi cheia de terríveis infortúnios, a maioria dos quais jamais aconteceu”.

Gostamos de nos preocupar. Na verdade, quando não temos algo importante com que nos preocupar, passamos a ficar ansiosos com insignificâncias. Todos somos, muitíssimas vezes, como a senhora que declarou: “Sempre me sinto mal quando estou bem, pois sei que vou me sentir mal pouco tempo depois”.

A ansiedade é uma inimiga silenciosa e traiçoeira que vai dilacerando a vida emocional, moral e intelectual, roubando-nos a saúde e deixando-nos à mercê das circunstâncias. Alguns anos atrás o Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos publicou uma declaração relacionando o predomínio de doenças nervosas e a tendência de preocupar-se com o enfraquecimento e encurtamento da vida. 

Nessa declaração, estava a seguinte observação (sem dúvida alguma, inspirada nas palavras de Jesus): “Tanto quanto se saiba, nenhum pássaro tentou construir mais ninhos do que seu vizinho. Nenhuma raposa se afligiu porque tinha apenas uma toca na qual se esconder. Nenhum esquilo morreu de ansiedade temendo não ter suprimentos para dois invernos em vez de um, e nenhum cachorro perdeu o sono pelo fato de não ter ossos reservados para sua velhice”.

O ponto que Jesus apresentou em referência ao cuidado de Deus dispensado aos pássaros não era de que eles não trabalham. Ninguém trabalha mais arduamente para sobreviver do que os pardais. O que Jesus salientou é que eles não ficam ansiosos. Não se esforçam para enxergar um futuro que eles não podem ver, nem buscam segurança em coisas armazenadas e acumuladas.

Sejamos aprendizes da sabedoria do Alto. Não dependamos apenas de nós mesmos, mas de Deus. Nossa vida está nas mãos d’Ele. Foi Ele quem nos criou. Ele não nos daria o necessário? Por que nos desesperarmos tornando-nos ansiosos? Somos filhos do mantenedor do Universo. Há um Pai que nos ama como a própria vida.

Olhemos as aves do céu e descansemos no Senhor!

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