Terezinha Camposterezinhaorquidea@gmail.com

Mulher: perfume inebriante

Publicado em 09/03/2023 às 23:08.

Maria foi uma mulher profana que viveu nos dias em Jesus andou aqui na Terra. Levava uma vida sexual promíscua e foi muito discriminada pelos seus contemporâneos. As pessoas viam-na como uma pobre pecadora; mas Jesus viu nela possibilidades. Ele a admirava em sua busca pelas coisas perenes e duradouras.

Maria sentia-se uma pessoa renovada na presença de Jesus; e, por tudo quanto Ele fazia por ela, Maria resolveu que em algum dia iria presenteá-Lo como gratidão pelo tanto que Ele a amou, aceitou-a e perdoou-lhe! Ela se propôs a extravasar gratidão. Então, Maria O ungiu com um perfume caríssimo, cuja essência talvez tivesse vindo do Himalaia. Custava cerca de trezentos denários romanos, o equivalente a 1.168,5 gramas de prata ou trezentos dias de trabalho de um operário.

Alguma vez, será que oferecemos um produto equivalente a uma décima parte de nosso salário aos que sofrem ao nosso redor?

Maria o fez porque, não obstante à gratidão, Jesus estava prestes a ser crucificado; e isto O fazia sofrer terrivelmente. Ele já padecia de dor mental e emocional, antecedendo a dor física.

Num país onde se trabalha tanto o social, ainda há pessoas que sofrem a fome e a sede físicas e estão sedentas e famintas de justiça social.

Necessitamos, como Maria no seu exemplo de desprendimento e afeição, de quebrarmos o vaso de alabastro e perfumarmos os ambientes dando significado às vidas das pessoas; precisamos deixar que a fragrância impregnada em nós pelos méritos de Jesus Cristo seja sentida por todas as pessoas que estão ao nosso redor, as que comungam conosco; as que apenas por nós passam; aquelas que tão somente ouvimos falar, todas devem ser inebriadas com o perfume que caracteriza a nossa existência.

Na arte de ser mulher, perfumemos as vidas cercadas pela dor, dilaceradas pelo preconceito, esmagadas pela violência psicológica, despedaçadas pela carência afetiva.

Quebremos o silêncio com a mesma atitude de Jesus, com os mesmos olhos que Ele nos vê e viu Maria.

Jesus sempre Se importou e Se importa com as mulheres. Enquanto muitos movimentos libertam as mulheres para si mesmos, movimentos estes que tornam a mulher escrava de seu libertador, Jesus nos liberta para a eternidade.

Na arte de ser mulher, transformemos vidas, inebriando as pessoas ao nosso redor com o perfume de palavras animadoras, fazendo-as entender quão especial elas são. 

Estamos dispostas no palco da vida como protagonistas de uma peça, que deveria estar em cartaz todos os dias, a todo momento. A plateia está lotada e ávida por assistir ao espetáculo que, certamente, restaurará vidas despedaçadas pela desilusão, pela ansiedade descabida, pelos medos infundados, pelas preocupações desnecessárias, vítimas de dores implacáveis, causadas pelo sofrimento.

Ser mulher é uma arte!

Que afastem as cortinas do desamor, da frieza e da desigualdade sem fantasias e sem máscaras, mas dotadas de inteligência e de sabedoria, façamos arte, fortaleçamos vidas, mudemos rumos.

E todos os espectadores ovacionem:

“- Ser mulher! Que arte benfazeja!

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