Fitas e fitas...Fitas e fitas...Fitas e fitas...Roxas, verdes, brancas, azuis...Alegria nervosa de bandeirinhas trêmulas!Bandeirinhas de papel bulindo no vento...Foguetes no ar...— “De ordem do Rei dos Cavaleiros,A cavalhada vai começar!”Fitas e fitas...Fitas e fitas...Fitas e fitas...Roxas, verdes, brancas, azuis...— Viva a cavalhada!— Vivôôô!!!— “De ordem do Rei dos Cavaleiros, A cavalhada vai terminar!”
Essa poesia é de autoria de Ascenso Ferreira; certa ocasião, numa apresentação em um momento cívico uma querida colega fez uma apresentação dessa poesia com os seus alunos. Ela os vestiu de branco e numa espécie de capacete foram colocadas fitas das cores que rezam na poesia, alcançando da cabeça aos pés dos participantes.
Eles declamaram a poesia acima ora em solo, ora em uníssono; uma poesia comum, mas as fitas deram uma conotação extraordinária e uma beleza indizível à apresentação.
Hoje eu descubro que as fitas são mesmo de uma beleza inexplicável: a começar das amarras nos cabelos das crianças, no enfeite das roupas, na confecção de artesanatos, as fitas valorizam e embelezam os ambientes e as pessoas.
Assim é que Tiago Olliver um artista plástico montes-clarense, residente na Espanha, aqui esteve e homenageou Montes Claros, sua terra natal, com fitas.
“Tiago Olliver é um artista brasileiro da contemporaneidade, nascido em Montes Claros MG em 1984. O artista traduz em pintura, escultura e design experiências e olhares da vida.
Expostas em diversos países ao redor do mundo como USA, China, Emirados Árabes, Espanha e Paris, no famoso Museu do Louvre, cidade onde o artista foi vencedor da premiação Melhor Artista Brasileiro da Europa 2022.
Sua coleção exclusiva “Céu de Fitas” é pensada de maneira imponente destacada pela sensibilidade expressiva do artista.
Uma coleção que vislumbra conceituar a arte como uma provocação aos nossos sentidos e valorizar a nossa cultura, raiz dos catopês, principal inspiração do artista na construção das possibilidades de expressão e interpretação da nossa diversidade cultural.
Composta por 10 grandes fitas moldadas e pintadas à mão sobre uma placa de aço as obras são trabalhadas artesanalmente revestidas por brilhante camada de tintas de cores vibrantes e verniz automotivo. Esses pigmentos e a riqueza de detalhes criados foram pensados de maneira intencional a encorparem o significado de suas criações que somadas aos cristais Swarovski e pérolas tailandesas, todas aplicadas de forma detalhista e perfeccionista fazem de suas obras de arte verdadeiras joias majestosas.
A exposição “Céu de Fitas” que remete aos adornos e simbolismos imagéticos tão enfatizados nessa cultura tem como fim prático e social colaborar para a eternização e valorização dos elementos, que compõem de maneira marcante a história dos catopês, materializando através da arte muito além do que as coloridas e cobiçadas fitas, que colorem nosso céu montes-clarense.”
Foi uma exposição imersiva lindíssima, onde a arte, a sensibilidade emolduraram o salão do Museu Regional de Montes Claros, tatuando o nosso coração com o amor e o despertamento para a valorização de uma cultura tão nossa que vem de nossos ancestrais.
PARABÉNS TIAGO OLLIVER!!!
Texto cedido por Tiago Olliver