Terezinha Camposterezinhaorquidea@gmail.com

De Ibiaí a Montes Claros

Publicado em 05/01/2023 às 22:43.

Filomena Luciene Cordeiro Reis é filha de Almerindo Cordeiro e Maria Iêda Cordeiro, seus formadores e incentivadores a partir de suas vivências. Ela ressalta a presença forte e corajosa da avó materna, Alberta Neves Ruas, que lhe ensinou a ser mulher e desbravar seu potencial, apesar das adversidades. É irmã mais velha de Lariene, Flávio, Fabrício, Estefânia e Fernanda. 

Nasceu em Ibiaí (MG) em 21 de dezembro de 1965. Seus pais migraram para Montes Claros em 1969, em busca de dias melhores. Filomena Cordeiro morou no bairro Santos Reis, onde cresceu e viveu a maior parte de sua vida. Estudou na Escola Estadual Jair Oliveira as séries iniciais. Os ensinos fundamental e médio e o curso científico, na Escola Estadual Professor Plínio Ribeiro.

É uma pessoa modesta, extremamente observadora, estudiosa, caracterizada por uma simplicidade inconteste, que veio de um meio rural e enfrentou as grandes cidades, desenvolvendo a missão, que Deus lhe confiou.

Viajou por Bragança no Pará, Grão Mogol, Josenópolis, Marianópolis (hoje Padre Carvalho) no seu exercício de difusão do Evangelho, orientada pelos padres Carlos Robert e Afonso Calamari e a irmã Raimunda Dorilene Pereira.

Em 1991, Filomena inicia o Curso de História na atual Universidade de Montes Claros (Unimontes). Em 1994, foi aprovada nos concursos da Unimontes para os cargos de técnico universitário 1 e 2. Toma posse em 26 de janeiro de 1995, assumindo a chefia da Divisão de Pesquisa e Documentação Regional, cuja responsabilidade consiste em resgatar, conservar e preservar os documentos da instituição e da região norte-mineira. Foi nesse trabalho que Filomena Cordeiro conseguiu salvar muitos documentos, literalmente, da fogueira. E, desse modo, parte da história local e regional. 

Seu mestrado, de 2003 a 2005 na Universidade Severino Sombra, assim como o doutorado – de 2011 a 2013 – na Universidade Federal de Uberlândia trataram das questões relacionadas às políticas de preservação de documentos de Montes Claros. Possui várias publicações que abordam essa temática, em especial o livro “A Cidade Sem Passado”. Também coordenou, em 2008-2009, o Projeto de Gestão de Documentos da Câmara Municipal de Montes Claros, juntamente com Iara Maria Silva, Dalva Souto e Werley Pereira.

Na programação comemorativa dos 190 anos da Câmara Municipal de Montes Claros, a Casa abriu as portas para a história e a memória, recebendo parlamentares, familiares e amigos que participaram da legislatura ao longo desses 190 anos, para lançamento do livro “Histórias e Memórias da Câmara Municipal de Montes Claros de 1832 a 2022”. Na sessão, foram feitas homenagens, inclusive a de cidadã honorária a Filomena Cordeiro. A cerimônia teve o assentimento do atual presidente da Câmara, vereador Cláudio Rodrigues de Jesus, o Claudinho, da prefeitura no dia 15 de novembro de 2022.

A Comenda Cidadania Honorária é o título de uma honraria, que uma pessoa de importância recebe de alguma localidade. O título de cidadão equipara a pessoa homenageada a uma adoção oficial: passa a ser um irmão, um conterrâneo, uma pessoa da terra natal. A pessoa não é montes-clarense, mas o título faz o reconhecimento da cidadania a ela. E isso é feito em reconhecimento pela contribuição na preservação da história e da memória da cidade.

Nós, da Academia Feminina de Letras de Montes Claros, estamos honradas pelo trabalho desenvolvido pela querida confreira, a Filó, e pelo reconhecimento de minha querida Montes Claros, por meio da Câmara Municipal pelo trabalho, que ela tão bem desempenha. 

Parabéns, Filó!

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