Terezinha Camposterezinhaorquidea@gmail.com

Comemoremos a poesia

Publicado em 16/03/2023 às 23:31.

A poesia é um texto escrito em versos, uma composição poética, pouco extensa, composta pela inspiração de quem a cria; a poesia desperta o sentimento do belo, é a arte de expressar a beleza por meio da palavra ritmada, sua essência é o ritmo.

O poeta está por aí, em todos os lugares, pesquisando, acompanhando e criando versos, estrofes e poesias para enfeitar a vida do leitor e a sua própria vida. A poesia nasce do coração de quem a escreve e é cercada de encantamento, pois desperta o sentimento de beleza e aguça a sensibilidade da alma.

Aproveitando a data do Dia da Poesia: 14 de março-Dia Nacional da Poesia em homenagem ao grande poeta Castro Alves, que nascera nessa data em 1847, na Bahia; mas que a partir de 2015 foi sancionada a lei 13.131, que mudou para 31 de outubro, data do aniversário de Carlos Drummond de Andrade. O Dia Mundial da Poesia é em 21 de março, criada pela UNESCO em 1999 (mesmo ano em que o site A Magia da Poesia foi ao ar), com o objetivo de estimular a produção e celebrar a poesia como forma de arte em todo mundo.

Além disso, há diversas celebrações estaduais e em Montes Claros dia 04 de outubro é o Dia Municipal da Poesia com o desenrolar do Salão Nacional Psiu Poético. Mas o que importa mesmo é que comemoremos lendo, escrevendo e publicando poesias.

Eu me lembro quando menina lá no Grupo Escolar Carlos Versiani, minha outra casa nós declamávamos poesias nas festas da escola, nos momentos cívicos, quando recebíamos visitas e nas datas comemorativas. Era um festival de poesias durante o ano. Vou homenagear aqui alguns poetas, que nos acompanharam naquelas celebrações. 

Cecília Meireles nos encantava com A Canção dos Tamanquinhos:

Troc...troc...troc...troc...Ligeirinhos, ligeirinhos,

Troc...troc...troc...troc... vão cantando os tamanquinhos

Djalma Andrade desenvolvia o sentimento nativista: 

O meu Brasil sem medidas, Sem fronteiras, sem paredes,

Na piedade que o consome Quer salvar todas as vidas

Aplacar todas as sedes E matar todas as fomes.

Fagundes Varela entrevista o vagalume:

Quem és tu pobre vivente? Que vagas triste e sozinho,

Que tens os raios da estrela, E as asas do passarinho?

Alvarenga Peixoto chora os seus amores distantes:

Tu, entre os braços Ternos abraços

Da filha amada podes gozar;

Priva-me a estrela De ti e dela

Busca dois modos De me matar!

E assim durante todo o ano, declamávamos em solo, em coro falado, em jogral, e fazíamos paródia e o ano inteiro a poesia acontecia sempre com novidades, sempre trazendo algo novo para nós mesmos, os alunos, para os professores, para os pais, que muitas vezes aprendiam as poesias de tanto nos ouvir treinando.

E eles entravam em nossas casas, se assentavam conosco á mesa fazendo-nos sempre companhia: Annette Wynne, Zalina Rolim, Tomas Antônio Gonzaga, Olavo Bilac, Manuel Bandeira, Francisca Júlia, Gonçalves Dias, Henriqueta Lisboa, Paulo Setúbal, Menotti del Picchia e tantos outros que aprendemos a amar conhecendo somente as obras, tantas, que nos transformaram.

Viva a poesia!!!!!

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