O lançamento do livro “Uma Tristeza Mineira Numa Capa De Garoa”, da escritora Ivana Ferrante Rebello e Fabiano Lopes de Paula, foi memorável, marcante, de reencontro de amigos, incontestável com intervenções artísticas orais e execução da boa música de compositores da terra.
Um dos momentos especiais da noite foi quando Ivana subiu ao palco, vestida a caráter, roupa escolhida por ela, para representar os anos 1920. O chapéu deu o toque da época. Nesse tempo, as mulheres começavam a se emancipar. A moda anunciava o fim do espartilho, o corte reto, os cabelos curtos, porque representava os novos tempos, com a mulher que ansiava por trabalhar e lutava pelo direito ao voto.
“Eu me inspirei na vestimenta das pintoras modernistas (especialmente Tarsila, com seu batom vermelho). Foi uma releitura para levar para o palco o espírito dos anos 20, do século passado”, disse Ivana.
Durante a noite de autógrafos, foi servido a moda do sertão, paçoquinha de carne seca, amendoim torrado, pé-de-moleque e doce de leite de corte. Não faltaram a pinga nem os sucos e chás.
Para a escritora e professora aposentada Terezinha Campos, foi um momento de reflexão sobre a Semana da Arte Moderna.
“Tudo isso aconteceu há cem anos, mas que está presente em nossos dias, mostrando-nos o valor das lutas pelos objetivos. As conquistas são possíveis desde que enfrentemos com coragem buscando a verdade”, disse.