Drikka Queiroz

40 anos de Sabrina

Publicado em 06/12/2022 às 22:50.
“Me vejo madura, pois não me aflijo mais com coisas pequenas e que não dependem exclusivamente de mim”. (Arquivo Pessoal)

“Me vejo madura, pois não me aflijo mais com coisas pequenas e que não dependem exclusivamente de mim”. (Arquivo Pessoal)

Sabrina Gonçalves é pró-reitora administrativa financeira do Centro Universitário Funorte e acaba de celebrar 40 anos. É uma mulher completamente realizada pessoal e profissionalmente. Ao celebrar a nova idade, conta que tem muito a agradecer e pouco a reclamar do que a vida ofereceu. Considera-se determinada na medida certa e não se acomodou com o ápice de sua trajetória profissional.

“Vejo que é possível conquistar muito mais, basta ter um propósito definido”

Ao entrar nos “enta”, se define como uma pessoa leve, por entender que nem tudo saí como o planejado, mas é possível refazer a rota para alcançar um objetivo.

“Me vejo madura, pois não me aflijo mais com coisas pequenas e que não dependem exclusivamente de mim. Mas também me considero sensível por compreender a dor do outro, seja qual for”, diz a enfermeira e estudante de Medicina.

Sabrina conta que se inspira, de modo geral, em cada mulher que precisa conciliar e desempenhar ao longo do dia vários papéis, seja como mãe, trabalhadora, dona de casa, empresária, autônoma, estudante, filha e esposa.

“Me inspiro naquelas mulheres que não deixaram a idade determinar o que podem fazer, e descobriram na maturidade que é possível ter filhos, casar, se desligar de relacionamentos tóxicos, conquistar o corpo que desejam, fazer viagens, iniciar ou mudar de carreira.

Sobre a idade, ela conta que ao longo do ano de 2022 se deparou muito com muitas pessoas lamentando sobre a idade, principalmente se sentindo velhas, independentemente da idade, para realizarem determinadas coisas. Até ouvi que eu estava velha para iniciar Medicina aos 39 anos, descobrindo aí um novo tipo de preconceito, o etarismo. Passei a usar o lema ‘nunca é tarde’, em meus posts, sempre que esse assunto surgia pois, para mim, a idade é só um número”.
 
Como foi a sua trajetória até aqui?
Nossa, passou um filme em minha cabeça.... me lembro que logo após comemorar meus 15 anos, minha mãe me matriculou em um curso de informática no Senac e me disse que eu faria o ensino médio no turno noturno para que pudesse trabalhar. E assim foi... Iniciei trabalhando em uma loja de utilidades e, logo em seguida, fui contratada como estagiária no Laboratório Santa Clara. Foi aí que surgiu meu desejo de ser profissional da saúde. Por incentivo de minha madrinha, me matriculei no curso técnico em Enfermagem e, logo que concluí, fui aprovada em um processo seletivo para trabalhar no Hospital Universitário. Me apaixonei ainda mais pela profissão! Assim que soube que a Funorte teria seu primeiro curso de graduação em Enfermagem me inscrevi e fui aprovada. Durante a graduação, uma das minhas professoras era coordenadora do curso técnico do Indyu e, me convidou algumas vezes para substituir professores faltosos.... Assim fui pegando jeito e gosto pela docência. Ainda acadêmica, fui contratada para dar aulas neste curso. Comecei, assim, minha trajetória profissional na Funorte. Fui convidada, em 2008, para trabalhar na Unidade Icesp em Brasília, onde fiquei por um ano. Retornei a Montes Claros, mantive minhas aulas no Indyu e fui contratada pela Fasi. Assim, passei a fazer parte do Grupo Funorte. Fui convidada para ser coordenadora-adjunta do curso de Enfermagem e, em 2011, assumi a direção desta faculdade. Já em 2020, fui convidada para assumir a pró-reitoria administrativa-financeira. Esta trajetória me distanciou do exercício da enfermagem, mas busquei, ao longo dos anos, aplicar cada ensinamento que aprendi e a essência da profissão que é o cuidado, em todas as suas dimensões, em tudo que fiz. No final de 2021, traçando novas metas e propósitos de vida, decidi fazer processo de obtenção de novo título para Medicina, no qual fui aprovada em fevereiro de 2022. Fiz pós-graduações na área da saúde e em gestão educacional. Em 2018, ingressei no mestrado em Ciências da Saúde na Unimontes, tendo concluído em 2020.

Quais os maiores desafios e conquistas?
A maternidade. Minha maior conquista são meus filhos, hoje com 11 e 8 anos. Vejo que estou guiando-os pelo bom caminho, ao mesmo tempo em que estão em uma fase onde podem absorver muita coisa diferente dos princípios que tento ensinar a eles. É desafiador ser mãe e atender a singularidade de cada um.
 
Quais são os projetos para 2023?
Ao longo do ano de 2022, minha rotina e estilo de vida mudaram muito em virtude do curso de Medicina, e percebi que me negligenciei um pouco. Então, cuidar de minha saúde física e mental será minha primeira prioridade.
 
O que a Sabrina gosta de fazer quando não está trabalhando ou estudando?
Nestes últimos meses praticamente me dividia entre trabalhos e estudos. Mas tenho, na rotina semanal com meu esposo e filhos, um momento somente nosso, que consegui manter. Sempre que sobra um tempinho, ou melhor, procuro criar um tempinho no planejamento da semana para assistir séries, visitar meus pais e encontrar com amigas.

Compartilhar
Logotipo O NorteLogotipo O Norte
E-MAIL:jornalismo@onorte.net
ENDEREÇO:Rua Justino CâmaraCentro - Montes Claros - MGCEP: 39400-010
O Norte© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por