Frequento as redes sociais há 22 anos e sei que devido a elas, muitas pessoas têm algo em suas vidas que vem a público. As vidas são setorizadas, ocultas em porões, e nessas redes, o que é positivo é revelado. A era do total anonimato está em vias de desaparecer. Minhas postagens são públicas. Não sofro de paranoia e sou psicanalisada há 20 anos.
Sou pessoa discreta e contida, mas, por ter sido profissional liberal durante 40 anos, acabei por me tornar conhecida. Quando me formei em 1979, o médico gozava de algum prestígio, e havia relativamente poucos profissionais na cidade.
Participei da organização do 1º Congresso Mineiro de Endocrinologia, ocorrido em Montes Claros, um evento de vulto. Atendi os usuários do Ipsemg durante 17 anos e as 200 consultas de todos os meses eram disputadas. Nos dez anos de plantão em urgências endócrinas na Santa Casa de Montes Claros exerci o trabalho com responsabilidade.
Fui secretária por dois anos na Associação de Moradores do Bairro Morada do Parque, quando fiz atas e participei das atividades sociais. Foram plantadas 2.200 mudas de árvores.
Militei no PT de Montes Claros por 25 anos, inclusive participei da Executiva, atuando em campanhas políticas desde o planejamento até as visitas.
Formei-me em Jornalismo pela Funorte em 2010, e fui repórter da revista Plataforma, da Transnorte, fazendo várias matérias de capa durante dois anos.
Publico crônicas em jornais desde 2006, devido a eu ter escrito, há 18 anos, o livro “Segurando a Hiperatividade”, biografia do meu filho Fernando Yanmar, portador de TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Publiquei também “Mosaico”, de crônicas, e “Gira, Girassol!”, de contos.
Sou membro efetivo de três Academias de Letras: Academia Montes-clarense, Academia Feminina e Instituto Histórico. Escrevo em todas as publicações dessas entidades e no momento estou na diretoria das três.
Falo dessas ações para mostrar que não tenho fama nem notoriedade e nunca estive em evidência. Sou dos bastidores. A atividade de escritora é solitária, mas a repercussão é pública, em especial devido ao meu estilo de falar tudo. Minha maneira de escrever faz com que as pessoas se sintam como amigas próximas. Contraponto: fiquei invisível com a pandemia, mas continuo com minha inquieta produção.