Mara Narciso

Palavra contra palavra

Publicado em 19/09/2022 às 23:15.

Palavra dada era como um documento. O fio do bigode também garantia o combinado. Ou “é palavra contra palavra”. Algumas pessoas têm maior credibilidade que outras. Com voz mais potente, o homem tenta calar a mulher no grito. Algumas se calam, outras conseguem um megafone.

O voto de uma pessoa tem o mesmo valor do de outra, mas é comum que alguém ache que sua opinião deva prevalecer. Tem homem que desmoraliza a mulher que denuncia seus abusos. Enquanto mulheres optam por se calar para evitar mais ameaças, o necessário é se desgastar para sanar injustiças. Nos casos de assédio sexual ou moral, a mulher sofre duas violências: o assédio em si e a desconfiança de quem a ouve. 

Homens também sofrem assédios e constrangimentos. Quando há prova testemunhal sem foto, vídeo ou documentação impressa, o acusado rebate o acusador e, quem terá maior grau de confiança? Toma a dianteira quem detenha poder de mando e maior poder aquisitivo, seja homem, branco e heterossexual. 

Essas características fazem a pessoa se sentir confiante a ponto de agredir quem ouse duvidar dela. Em geral, quase ninguém despertará para isso. É fácil imaginar como é a pessoa que, pela aparência, tenha menor credibilidade.

Todo fato será conhecido, porque deixa rastros em câmaras de segurança, vídeos, fotos e redes sociais. Em instantes, escarafuncham o acontecido, escancarando a vida do suspeito. Assim, quem fez algo errado, sabe que será descoberto, lembrando ainda as manipulações em fotos e vídeos. 

Em tempo de propaganda e contrapropaganda eleitoral, mentiras de muitos matizes estão espalhadas pela internet e horário eleitoral, assim, é preciso desconfiar dos próprios olhos. Quando a pessoa vive num mundo paralelo, mais difícil será fazê-la acreditar na verdade.

Quem se diz ter razão, impõe sua vontade e crenças com veemência, sendo difícil contrapô-la, mesmo que esteja enchendo o mundo de falsidades. Por outro lado é fácil acreditar em algo que já estamos propensos a aceitar.

No Brasil, nunca a vida de alguém foi tão investigada e, baseando-se em fortes convicções sem provas tenha sofrido linchamento público e 580 dias de prisão injusta. Eu acredito nas boas intenções de Lula pelo grande humanista que ele é, e pelo fato de não dever nada à justiça, já que venceu todos os processos contra ele.

Em tempo de propaganda e contrapropaganda eleitoral, mentiras de muitos matizes estão espalhadas pela internet e horário eleitoral, assim, é preciso desconfiar dos próprios olhos. Quando a pessoa vive num mundo paralelo, mais difícil será fazê-la acreditar na verdade.
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